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Saúde apresenta Política Nacional de Álcool e outras Drogas

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Sessão Ordinária 110

Para apresentar a Política Nacional de Álcool e outras drogas estiveram presentes na sessão de terça-feira (10/11) da Câmara de Vereadores a coordenadora de Saúde Mental, Denise Thum, a psicóloga do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas (CAPSad), Alina Queiroz Wallauer, e a secretária municipal da Saúde, Emanuela Wolf. Alina explicou que a política de atenção integral aos usuários de álcool e outras drogas é recente e conta com uma rede de dispositivos comunitários para fortalecer os laços sociais do usuário através do acesso ao trabalho, lazer e exercício dos direitos civis. A psicóloga apresentou todos os dispositivos de rede que seriam ideais para atenção ao usuário. Estes dispositivos englobam Atenção Básica em Saúde, Atenção Psicossocial, Atenção de Urgência e Emergência, Atenção Residencial de Caráter Transitório, Atenção Hospitalar e Reabilitação Psicossocial. Segundo Alina, o desafio é desassociar o usuário de álcool e outras drogas da criminalidade e práticas antissociais. “O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes estimou que um total de 246 milhões de pessoas já tenha feito uso de drogas ilícitas em 2013”, disse. Cerca de 27 milhões de pessoas fazem uso problemático de drogas, das quais quase metade são pessoas que usam drogas injetáveis. Sobre a mortalidade, contou que, segundo o relatório brasileiros sobre drogas da SENAD de 2009, 90% das mortes associadas ao uso de droga está relacionada com o álcool. “Muitas vezes a gente fica preocupado com o uso de droga ilícita, porém, a que mais mata é o álcool”, refletiu. Além disso, Alina apresentou o quadro de funcionários do CAPSad, que envolve três psicólogos, dois assistentes sociais, um terapeuta ocupacional, um enfermeiro, três técnicos de enfermagem, um psiquiatra, um recepcionista, um bolsista e um zelador. “Essa gama de profissionais é necessária porque o trabalho não é apenas afastar o usuário da droga, é preciso também dar toda assistência para ela e para toda a família”, contou. Sobre os atendimentos, foram atendidas entre os anos de 2014 e 2015, 15.034 pessoas. O vereador Jair Pedri destacou um dos itens da política de atenção integral aos usuários de álcool e outras drogas, que busca a fortalecer os laços sociais dos usuários. “Não se trata um usuário apenas o excluindo das más companhias”, disse o vereador. Segundo Pedri, existe uma barreira ideológica entre o CAPSad com as comunidades terapêuticas, porém, o que deveria existir é convênio dessas duas organizações. O vereador Jeferson de Oliveira questionou a psicóloga sobre os índices de cura dos usuários atendidos. Alina explicou que não se trabalha com a cura, já que muitos dos usuários não buscam isso. “A gente trabalha com a assistência à saúde a ao convívio social, não existe uma cura para o usuário”, explicou. Já o vereador Arlindo Rincos questionou sobre o tempo médio de tratamento dos usuários. Ela disse que o tempo de tratamento é muito particular de cada pessoa. “É um processo e um vínculo para que a pessoa confie na equipe e reconheça o mal que a droga ou o álcool está fazendo em sua vida”, expôs. O vereador José de Ávila parabenizou os trabalhos realizados pelo CAPSad. “É um trabalho de extrema importância não só para o usuário, mas também é um apoio para a família que se sente amparada e aliviada quando recebe o atendimento”, afirmou. O vereador Eugênio Juraszek destacou a importância da participação da comunidade além da internação dos usuários. “É preciso fazer daquela pessoa um ser humano novamente”, disse. A coordenadora de saúde mental, Denise Thum, explicou que existem vários dispositivos que não são efetivos no município. “É preciso discutir os dispositivos públicos que ainda não temos, como o CAPS tipo 3, unidades de acolhimento, Centro de Convivência e leitos em hospitais”, disse. Denise afirmou ainda que que a partir da implantação desses dispositivos será possível discutir a terceirização dos trabalhos. A secretária de saúde, Emanuela Wolf, comentou que essa discussão também foi levantada no Conselho Regional na Saúde da AMVALI. “Está sendo discutido nesse colegiado a possibilidade de tornar Guaramirim como referência hospitalar, já que Jaraguá se dedica a outras especialidades”, contou. A presidente Natália Lucia Petry parabenizou a iniciativa do CAPS de utilizar a Tribuna Popular para fomentar a debate sobre o assunto e colocou a Casa à disposição para a discussão de outras questões.