Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

FRANCISCO VISITA SAMAE PARA PREPARAR-SE PARA AUDIÊNCIA DA ÁGUA

[b]Gestor ambiental da autarquia explanou projetos e abordou os principais problemas que acabam por refletir na falta de água em determinados bairros O encontro agendado para esta quarta-feira deve ser o grande momento para a comunidade jaraguaense conhecer os projetos e as possíveis soluções para o abastecimento de água e o tratamento de esgoto na cidade[/b]

COMPARTILHE

[img align=left]https://www.jaraguadosul.sc.leg.br/uploads/thumbs/c8d77546-9972-de36.jpg[/img]
A Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul realiza, nesta quarta-feira (5), com início às 19 horas, audiência pública que visa expor os problemas e buscar soluções para a questão do abastecimento de água e tratamento do esgoto sanitário em Jaraguá do Sul. O encontro quer propor uma discussão ampliada do tema com a participação da comunidade jaraguaense, representantes de órgãos do Executivo e vereadores. Neste dia, os munícipes terão a oportunidade de levantar questões sobre as situações que enfrentam no seu cotidiano e exercer sua cidadania. O local da audiência será o plenário da Câmara.
A proposta da audiência foi proposta pela bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara (composta pelos vereadores Francisco Alves e Justino Pereira da Luz) após receber diversas reclamações da comunidade sobre o serviço oferecido pelo Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto de Jaraguá do Sul (Samae). Segundo Francisco, moradores de diversas localidades sofrem com os constantes cortes no fornecimento, o que é inconcebível. Justino defende a ampliação do sistema de coleta e tratamento de esgoto, que atinge a 43% da população.
A audiência terá as presenças do engenheiro sanitarista do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), Ricardo R. Meyer, do presidente da Fundação Jaraguaense do Meio Ambiente (Fujama), Cesar Humberto Rocha, e do assessor de imprensa e gestor ambiental do Samae, Leocádio Neves e Silva.
Para se informar sobre a atual situação do Samae, Francisco conversou com Leocádio Neves e Silva, para obter informações sobre projetos e soluções implantadas no município. Ele explicou que Jaraguá do Sul já foi referência no tratamento de água, recebendo visitas de técnicos de países como o Uruguai. “O Samae está trabalhando para retomar esta dianteira neste quesito”, disse Neves.
Os carros-chefes da ampliação do sistema em Jaraguá do Sul são a Estação de Tratamento de Esgoto do bairro São Luís (ETE São Luís) e a Estação de Tratamento de Água Sul (ETA sul), localizada no bairro Garibaldi. Estas duas obras vão aumentar a capacidade de atendimento e ainda vão solucionar problemas que atingem parte do município.

[b]Estação de Tratamento de Água Sul[/b]

A ETA sul está com a parte civil em fase avançada. “Esperamos que a estação comece a atender a população no primeiro trimestre de 2011”, comentou Neves. Segundo ele, 99% da área urbana do município tem atendimento de água do Samae. Comentou que a expectativa é que a estação aumente em 40% a disponibilidade de água para os jaraguaenses, que atualmente atinge a marca de 980 mil metros cúbicos de água por mês no ETA Central, localizado no bairro Água Verde.
Francisco Alves perguntou o motivo da falta de água durante as chuvas e as possíveis soluções para o problema. Leocádio respondeu que o Samae conta com cinco sistemas independentes de tratamento de água (Molha, Boa Vista, Águas Claras, Krause e Santa Luzia), que atende a aproximadamente 15% dos consumidores. “Essa população é atingida pela falta de abastecimento durante as chuvas. A captação dos afluentes é feita nos mananciais, que desde as chuvas de 2008 estão com a sua qualidade comprometida”, disse. “Vamos desativar esses sistemas independentes após o início das atividades do ETA sul e acabar com esse problema”, complementou.
Segundo Neves, a expectativa é de que a nova estação de tratamento de água abasteça o demanda de consumo durante os próximos 20 anos. Ele disse ainda que há 33 mil ligações na cidade e mais 42 mil em prédios residenciais. Leocádio falou que a demanda aumentou significativamente em bairros periféricos como João Pessoa, Ribeirão Cavalo e Nereu Ramos. “Esses bairros tiveram crescimento acima da média. Por isso, nós revemos periodicamente os projetos, pois há um aumento de consumo excessivo e fora das projeções (feitas em cima de dados oficiais) nesses bairros”, ressaltou.

[b]Estação de Tratamento de Esgoto São Luís[/b]

Após causar muita polêmica entre os moradores do bairro, o ETE São Luís saiu do papel e está em fase de construção. A estação vai atender ao sul da cidade e vai aumentar de 43% para 85% o número de residências com tratamento de esgoto na zona urbana de Jaraguá do Sul. Neves explicou que a nova estação de tratamento de esgoto vai atender a parte sul da cidade e vai contemplar bairros como Barra do Rio cerro e Jaraguá Esquerdo. “Será um dos maiores índices de atendimento de esgoto sanitário de Santa Catarina”, disse.
Uma questão diretamente ligada à instalação da ETE São Luís é o da Paviplan (empresa que presta serviços de terceirização para o Samae). Leocádio Neves explicou que a empresa foi contratada para fazer a rede coletora de 16 ruas com um total de 124 quilômetros de extensão. “Nós liberávamos as obras com ordens de serviço, mas vimos que a pavimentação não estava sendo feita no ritmo que liberávamos as ruas. Decidimos somente liberar mais ordens de serviço após o termino das obras inacabadas”, disse. Das 16 ruas, 14 serão ligadas diretamente à nova estação.

[b]Reclamações, novos loteamentos e tubulações[/b]
Francisco perguntou se os donos dos novos loteamentos eram responsáveis pelas ligações de esgoto. Leocádio argumentou que nenhum loteamento é liberado em Jaraguá do Sul sem o visto do Samae. Ele explicou que a tubulação é exigida conforme a vazão necessária e as previsões de expansão do empreendimento. “A tubulação mínima exigida é de 60 mm. Precisamos escolher a certa, pois se ela é pequena pode prejudicar o abastecimento”, salientou.
O petista também pediu informações sobre os loteamentos localizados em terrenos com certa verticalização. O assessor de imprensa comentou que é comum esse tipo de empreendimento, mas que se não há pressão ou disponibilidade para que a água chegue até as futuras construções não há a liberação por parte da autarquia. “Há dois anos o Samae aceitava a doação de um ‘booster’ pelo dono dos lotes, mas deixamos de fazer isso porque a situação acabava causando transtornos para o Samae e isso acabava refletindo em nosso atendimento”, falou. “Só liberamos este tipo de loteamento após podermos atender a localidade”, completou.
Leocádio Neves acrescentou que o Samae faz constantemente a troca das tubulações para atender a demanda de consumo da cidade e a falta de água em alguns casos é por falha do consumidor. Segundo ele, serão investidos este ano R$ 200 mil reais nas novas tubulações. Ele ainda disse que 70% das reclamações são feitas por pessoas que não têm caixa de água em suas residências e que a autarquia pede que somente a torneira do jardim seja ligada na rede da rua. “Você pode encontrar caixas de 250 litros, mas essas não podem atender nem a duas pessoas. Uma pessoa gasta por dia cerca de 150 litros”, contextualizou.