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HISTÓRIA DA ESTOFADOS FIGUEIRA É COMPARTILHADA COM A COMUNIDADE

[b]Homenagem à empresa familiar que é exemplo de superação será apresentada na sessão de terça-feira, atendendo a um pedido do vereador Francisco Alves (PT)[/b]

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Ele era um dos não mais que dez taxistas de Jaraguá do Sul em 1975 quando um primo que havia deixado o emprego em uma grande empresa fabricante de estofados da região lançou o desafio: abrir uma fábrica de estofados. Recém-casado com Lorena, o jovem taxista Irineu Krutzseh resolveu se lançar no novo empreendimento.
Foi desta forma que surgiu a Estofados Figueira, empresa que está completando 35 anos de existência neste mês de junho. Localizada no bairro de mesmo nome, em Jaraguá do Sul, a Estofados Figueira, mais do que uma empresa familiar construída junto à residência da família, se tornou um exemplo de superação e de persistência.
Irineu recorda que desde 1966 dirigia seu Simca Chambord, adquirido após a venda de uma lambreta, atuando como taxista na região central onde ficava o terminal rodoviário e não tinha a mínima noção de como funcionava o ramo de estofaria, mas assim mesmo anteviu o filão e com o apoio da mulher resolveu investir.
Junto, o casal trabalhava na empresa com apenas mais um funcionário enquanto Lorena se dividia na criação dos quatro filhos homens – Jaime, Vanderlei, Carlos e Alexandre. Como o primo resolveu seguir outro rumo, Irineu colocava em um caminhão os sofás e camas que produzia e saia pelo interior vendendo os produtos nas comunidades rurais mais isoladas.
O ano de 1983 é considerado um divisor nesta trajetória. Era o dia 3 de janeiro, a empresa estava em férias. Lorena cuidava do jardim quando um parente chegou e a alertou que tinha muita fumaça no galpão da empresa que fica no mesmo terreno da casa da família. Era tarde demais. Ela e os meninos assistiram a um incêndio destruir tudo.
E a história precisou ser reescrita. Novos financiamentos, dívidas renegociadas, novos maquinários adquiridos com sacrifício e as doações recebidas de algum material começaram a dar forma novamente à fábrica de estofados, que passou a ocupar durante a reconstrução um galpão alugado.
“Nunca paramos de trabalhar”, conta o casal, enquanto mostra o álbum de fotos do dia do incêndio e observa os escombros de onde a empresa ressurgiu. “Nunca desanimamos e continuamos aí, firmes, com três dos quatro filhos trabalhando junto conosco tanto na empresa de estofados quanto na transportadora que também montamos”.
Hoje, Irineu não se considera ainda um especialista, mas entende bastante do ramo. E a maturidade trouxe com ela a necessidade de novas técnicas e profissionalismo. Para o desenvolvimento de sua coleção, a Estofados Figueira conta com um profissional especializado que faz a pesquisa de tecidos, modelos e materiais, que recebem a forma final numa linha de produção e distribuição que envolve diretamente cerca de 25 pessoas.
A preocupação com o meio ambiente está presente em todos os métodos de produção e em um programa de gestão ambiental que usa madeira especial com tratamento antimofo e dá o destino adequado a resíduos de industrialização. E o resultado é um produto com grande aceitação em todo o território catarinense, presente nas maiores lojas do ramo e que garante ao consumidor, além do conforto, a certeza de estar adquirindo um produto de qualidade, bom gosto e durabilidade.
Planos para o futuro? Aumentar a empresa cada vez mais, trabalhando sempre, mantendo a unidade familiar e o respeito ao cliente.
E é esta empresa e esta história de altos e baixos que o vereador Francisco Alves (PT) resolveu destacar ao solicitar aos demais vereadores que a Câmara de Jaraguá do Sul realizasse uma homenagem para festejar os 35 anos da Estofados Figueira. A sessão solene será realizada nesta terça-feira, 8 de junho, durante a sessão ordinária que inicia no horário regimental das 19 horas.
“Precisamos tirar do anonimato estas histórias de muito trabalho, esforço e superação, e valorizar as iniciativas do gênero”, destacou o vereador ao conhecer a linha de produção da Estofados Figueira e emocionar-se com a história do casal Irineu e Lorena e que já chegou à segunda geração.

[i]Jornalista responsável: Rosana Ritta – Registro profissional: SC 491/JP[/i]