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CANSADOS DE ESPERAR POR OBRAS, VEREADORES COBRAM AÇÕES

Indi[b]gnado, Jaime Negherbon filmou locais problemáticos em diversos pontos da cidade e os apresentou na sessão, cobrando providências Francisco Alves sugere que pedidos para seu bairro, o Ilha da Figueira, não são atendidos porque lá moram vereadores de oposição Líder do governo, Ademar Possamai, argumenta que há um cronograma de trabalho a ser cumprido e sugere que as pessoas façam pedido ao 156[/b]

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O vereador Jaime Negherbon voltou a denunciar, na sessão da terça-feira da semana passada, dia 13, alguns pontos da cidade que têm trânsito complicado ou problemas de infra-estrutura e se tornam alvo preferencial de reivindicações da comunidade. Ele apresentou uma reportagem produzida pela TV Câmara, que mostra a falta de manutenção de ruas localizadas nos bairros Vila Lalau, São Luis e Tifa Martins.
A rua João Franzner, no bairro São Luis, em parte pavimentada com paralelepípedos e em outra asfaltada, tem os maiores problemas na parte do paralelepípedo, onde em alguns pontos o piso está cedendo e afundando por causa do trânsito intenso. Outro problema da rua, desta vez na parte asfaltada, é uma ponte sobre um ribeirão, tomada parcialmente pelo mato, que serve de criadouro para insetos e outros animais e apresenta risco de transbordar com as chuvas mais fortes.
Problema semelhante ao da rua João Franzner pode ser observado na rua Irmão Geraldino, na Vila Lalau. O calçamento da via não recebe manutenção há mais de um ano. O trânsito complicado apresenta maior risco de acidentes no local, pois obriga os motoristas a frear bruscamente ou a desviar e invadir a pista contrária.
Em outra área, um barranco tomou conta de parte da rua Afonso Benjamin Barg, localizada no bairro Tifa Martins, e o mato avança na via, uma das principais da localidade. Há também uma nascente, que agora é cercada por lixo, em um claro desrespeito dos moradores ao meio ambiente.
Na avenida Waldemar Grubba, a principal via de acesso da cidade, a imprudência dos motoristas preocupa os moradores que residem perto de uma curva aberta, localizada próxima à Associação Recreativa Weg (Arweg). Sávio Grah, que mora e tem um comércio no local, relatou que os motoristas perdem o controle na curva, causada provavelmente pela alta velocidade, batem nos postes e chegam a bater em seu prédio. “Pelo menos ninguém foi atropelado na calçada”, avaliou. “É preciso instalar uma lombada eletrônica para diminuir a velocidade dos carros”, sugeriu o comerciante.
Jaime mostrou as imagens dos locais ao lamentar que as centenas de indicações feitas pelos vereadores à Prefeitura não são atendidas, o que obriga os legisladores a cobrar de maneira mais contundente as ações. Ele lembrou que estas indicações refletem os pedidos da comunidade e acredita que o trabalho feito junto à comunidade daria muito mais credibilidade ao Executivo. “Eu não queria fazer isso, mas acho que eles não entendem. Vai haver as próximas eleições e o povo vai dar a resposta através do voto”, comentou.
Ele lembrou que os vereadores também são cobrados e que independente da sigla partidária os munícipes têm de ser atendidos. Segundo Negherbon, uma munícipe cansada de esperar solução para seu problema foi até à ouvidoria da Prefeitura e depois procurou a Secretaria de Obras. “Lá eles falaram que era para ela registrar o pedido no 156 [número de telefone da ouvidoria] e não é para falar com o vereador, pois não fazem nada”, contou.
O vereador Francisco Alves (PT) completou a fala do peemedebista dizendo que o bairro em que mora, a Ilha da Figueira, não é atendido pelo Executivo justamente por ele ser de oposição, assim como a vereadora Natália Petry (PSB), que também tem lá sua base eleitoral. Francisco lembrou que, apesar de concentrar os seus esforços no bairro, é um vereador que trabalha por toda a cidade, mas não vê este retorno por parte da Prefeitura. “Espero que esta administração não seja para um partido A, B ou C. Mas sim uma administração de A a Z”, defendeu.

[b]Possamai destaca que Obras respeita cronograma[/b]

O líder de governo, vereador Ademar Possamai (DEM), comentou o fato de anteriormente ter trazido o balanço de ações da Secretaria de Obras, apresentado em plenário e colocado no site da Casa. “Os números que foram apresentados, até abril de 2010, foram de 2.890 solicitações, das quais 1.584 foram atendidas”, lembrou. Segundo ele, a Secretaria de Obras trabalha em cima das notificações da ouvidoria e elas são atendidas através de cronograma de execução.
Para Possamai, o trabalho do vereador é muito mais legislativo e ele defende que os vereadores devem manter a maior parte do seu trabalho nesse quesito. Ele recomendou que o munícipe solicite os reparos pela ouvidoria ao invés de procurar um vereador para fazer a reclamação. “A presidente têm enfatizado que os vereadores têm de estar preocupados com a questão da representatividade”, citou. “As vezes, a reparação está pronta antes de a indicação chegar na Prefeitura”, argumentou, explicando a dificuldade existente na manutenção das vias com paralelepípedos e lajotas.
“O 156 serve para isso e nem todas as notificações podem ir na hora seguinte, no momento seguinte ou no dia seguinte. Há um cronograma e o setor competente vai fazendo a medida que isso é possível”, argumentou Possamai.
Jaime Negherbon criticou as colocações feitas por Possamai. Ele comentou que as reclamações expostas na matéria já foram feitas na ouvidoria da Prefeitura há muito tempo. Segundo ele, uma moradora da rua Irmão Geraldino há mais de um ano vem registrando reclamações à ouvidoria e o conserto não foi feito. “Esses dias um motoqueiro caiu por causa do buraco”, disse. “Quanto à roçada, eu moro perto dessa ponte (na rua João Franzner) e foi enviado até um ofício para a Prefeitura”, completou.
Possamai ressaltou que as mudanças nas rotas dos motoristas fazem com que as ruas fiquem danificadas mais rapidamente com o tráfego pesado. “O asfalto de algumas dessas ruas foi feito sobre ruas que eram pavimentadas com paralelepípedo, caso da rua José Teodoro Ribeiro, na Ilha da Figueira, que têm uma base ruim e cedem com o tempo”. Ele comentou que a Prefeitura já procurou uma empresa em busca de soluções, mas todas são muito caras.
O líder do governo explanou sobre o trabalho concentrado de equipes que fazem os reparos em um bairro de cada vez. Segundo ele, as ações vão continuar acontecendo e garantiu que não há discriminação. “Prefeitura nenhuma pode fazer as coisas pessoalmente, as coisas são feitas em prol da comunidade”, disse. “Tudo está se fazendo conforme a prioridade está acontecendo”, completou.

[b]Francisco cobra contratação de mais servidores[/b]

O vereador Francisco lembrou que a contratação de mais funcionários para a Secretaria de Obras era uma das ações previstas no programa de governo da prefeita Cecília Konell. Ele quis saber se elas se concretizaram. Possamai respondeu que foram contratados 30 funcionários para a secretaria, mas que não é possível uma maior contratação devido ao inchaço da máquina e à lei de responsabilidade fiscal.
Para ele, Jaraguá do Sul necessitaria de 20 a 30 funcionários para roçar as ruas da cidade, mas conta com uma equipe composta por apenas seis servidores. “Temos que lembrar que a roçada da testada do terreno é função do proprietário”, alertou. O petista retrucou dizendo que o mato não é o único problema da cidade e citou o caso dos semáforos, que por qualquer motivo deixam de operar. “A Prefeitura tem de fazer uma cobrança maior da empresa que faz a manutenção”, recomendou.
Possamai respondeu que as descargas elétricas são as principais responsáveis pelos semáforos defeituosos. Ele também comentou que os acidentes na curva próxima à Arweg são causados pela imperícia e pela imprudência dos motoristas. “Não é possível que naquele local, num espaço daqueles, acontecer essas situações. Lá dá para trafegar tranquilamente, mas com responsabilidade”, relatou.