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COMISSÃO PEDE REVISÃO DAS 14 OBRAS

[b]Vereadores questionam três locais listados como prioritários, mas em áreas onde não existem muitos moradores[/b]

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A Comissão Especial da Reconstrução da Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul vai sugerir à Prefeitura a revisão de pelo menos três pontos dos 14 listados pela Defesa Civil e o Deinfra para receberem obras emergenciais de recuperação depois das quedas de encostas, barreiras e obstrução de ruas e estradas com as enxurradas de novembro de 2008, que provocaram as mortes de 13 pessoas no município.
O presidente da comissão, vereador Francisco Alves (PT), o vice-presidente, Jaime Negherbon (PMDB), e o relator Justino da Luz (PT), visitaram na manhã de quinta-feira (5 de março), os pontos destacados na rua Francisco Hruschka, na altura do número 1080, no bairro Tifa Martins, onde houve deslizamento de talude (plano inclinado que limita um aterro, com a função de garantir a estabilidade do mesmo) e na lateral do mesmo, na rua 633, na extensão do mesmo morro, e observaram que, pelo menos aparentemente, o local não oferece tanto perigo quanto o morro que fica na mesma altura, mas na rua paralela, a José Narloch, muito mais alto e que também sofreu com deslizamento de terra e árvores, e que não foi listado como um dos prioritários, embora na vizinhança deste morro existam casas interditadas e muito mais moradores.
Os próprios moradores da rua Francisco Hruschka destacaram que entendem como obra prioritária ali naquele ponto a troca de tubulação para melhor escoamento das águas das chuvas. O presidente da Associação dos Moradores do Bairro Tifa Martins, o ex-vereador Zé Padre, acompanhou as visitas na região e também revelou preocupação com o fato da rua José Narloch não estar entre as obras prioritárias. Ele mora nas imediações e assistiu ao deslizamento que chegou a atingir a rede elétrica mais baixa. “Se tivesse atingido a rede alta, não teríamos sobrevivido”, observou.
Outro ponto a ser questionado fica na rua Joaquim Francisco de Paula, onde a área atingida por deslizamento, embora fique em uma curva acentuada e perigosa, não tem moradores próximos. “Entendemos que são obras públicas, que já tem dinheiro assegurado e projetos confirmados, mas consideramos prioritárias aquelas áreas que podem colocar em risco um número maior de pessoas”, destacou o presidente da comissão, Francisco Alves, ao revelar a intenção de conversar sobre o assunto com o secretário de Reconstrução da Prefeitura, Ingo Robl.
Outro ponto listado, este apontado como realmente perigoso pela comissão, fica na rua Irmão Leandro, na altura do número 1445. Na segunda-feira, a comissão já havia visitado dois pontos na Estrada Geral do Rio Molha e um no bairro Boa Vista. As visitas a todos os 14 pontos devem prosseguir na próxima semana.
Os vereadores também visitaram a área num loteamento irregular onde morreram mãe e duas filhas pequenas na enxurrada de novembro, e ficaram chocados ao observar que os escombros da casa ainda continuam no local. “Precisamos fiscalização para que mais vidas não sejam sacrificadas como a desta família”, destacou o vereador e vice-presidente da comissão, Jaime Negherbon.

Jornalista responsável: Rosana Ritta – Registro profissional: SC 491/JP
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