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65 FAMÍLIAS DESABRIGADAS ESTÃO MAIS PERTO DA CASA PRÓPRIA

[b]Convênio entre Estado, Prefeitura e Instituto Ressoar garantiu 30 casas para Jaraguá do Sul[/b]

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O governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira (PMDB), participou no sábado da assinatura do repasse de 65 moradias doadas às famílias atingidas pelas enchentes de novembro de 2008 nos municípios da região de Jaraguá do Sul. No total, são quatro casas para Schroeder, dez para Corupá, 21 para Guaramirim, e 30 para Jaraguá do Sul. Os investimentos somam R$ 975 mil – cada casa custou R$ 15 mil.
Os recursos vieram da campanha de doação realizada pelo Instituto Ressoar da Rede Record de Televisão. Os prefeitos dos municípios beneficiados também assinaram termo se comprometendo a colaborar com as construções. Com a parceria, as Prefeituras ficaram responsáveis por encontrar os terrenos onde as casas serão erguidas.
Durante a assinatura das doações, que aconteceu na Câmara de Vereadores do município, o governador falou sobre a tragédia que assolou o Estado, relembrando os prejuízos e lamentando as mortes de pelo menos 135 catarinenses vítimas das enchentes – 13 destes em Jaraguá do Sul. “Estamos perdendo receita mês a mês. Perdemos arrecadação e ainda está aí a crise mundial. Mas estamos juntos para enfrentar tudo isso”, disse Luiz Henrique, lembrando que esta é a 121ª vez que visita a região do Vale do Itapocu para trazer benefícios à comunidade nesta gestão.
“É hora de levantarmos a cabeça. É hora da reconstrução. E nós não vamos parar por aqui. Enquanto houver um desabrigado, nós vamos estar buscando soluções”, acrescentou a presidente da Cohab, Maria Darci Mota Beck. Pelo menos sete mil casas foram atingidas pelas enxurradas de novembro em Jaraguá do Sul. Treze ficaram totalmente destruídas e várias outras foram interditadas por estarem localizadas em áreas de risco. Algumas famílias desabrigadas, depois de permaneceram em abrigos, estão recebendo auxílio-aluguel da Prefeitura, até que possam ser beneficiadas em um projeto de habitação popular.
Acompanharam a cerimônia prefeitos, vereadores, lideranças empresariais e comunitárias e representantes das 30 famílias jaraguaenses beneficiadas, que assinaram ao fim do evento os termos de compromisso de doação e aceite de moradia. A previsão é de que as casas em Jaraguá do Sul comecem a ser construídas a partir desta semana em terrenos nos bairros Estrada Nova, Ilha da Figueira, Tifa Martins, São Luís, Barra do Rio Cerro, Chico de Paula e Jaraguá 99. Cada habitação pré-fabricada de madeira terá 36 metros quadrados.
Entre as famílias beneficiadas, o clima era de expectativa diante do futuro em uma nova casa, em novo bairro, e num local seguro. A zeladora Maria Graciane Pires, 44 anos, morava de favor numa casinha no bairro Jaraguá 84 que foi interditada. Conseguiu que a Prefeitura garanta o aluguel até a casinha que lhe foi destinada estar pronta. “Móveis, eu já não tinha, agora ganhei um colchão”, contou, esperando sorte melhor. A mesma expectativa de melhorar de vida aguarda Celira Terezinha Rupolo, 44 anos, também moradora da Barra do Rio Cerro.
Uma das mais entusiasmadas na solenidade era a aposentada por problema físico Vera Lúcia de Oliveira, 44 anos. Ela e a família chegaram uma hora antes para não perder a solenidade. Conta que a casa que abriga cinco pessoas, no bairro Estrada Nova, cedeu 7 cm e as portas nem se fecham mais. Ela não escondia a alegria de saber que vai morar agora na Tifa Martins, numa casinha nova.
Igualmente aliviado estava o motorista Adilson Uller, 44 anos. Ele era vizinho da costureira Silvana Manske, 30 anos, e das meninas Bruna e Maria Eduarda, as primeiras três vítimas da enxurrada de novembro, que morreram na noite do dia 21, quando a casa em que moravam na rua Irineu Franzler, em uma área irregular na Tifa Martins, deslizou barranco abaixo, soterrando-as em meio ao lamaçal. Adilson recorda que a família festejava a comunhão de um dos filhos, quando o morro veio abaixo, estragando veículos e atingindo em parte sua residência.
Emocionado também estava o auxiliar de carga Claudio da Silva, 31 anos, morador de um dos bairros mais atingidos, o Rio Molha, que de repente se viu sem ter onde morar com os sete membros da família. A dona de casa Ivone de Campos Silva, 41 anos, tentava conter a emoção através de um sorriso, para contar que sentiu sua casa, no bairro Boa Vista, tremer. “Foi o tempo de sairmos da casa, aí voltei para apagar o gás e senti a casa andando comigo dentro. Consegui sair antes que três árvores a derrubassem”, recordou.