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SAMAE NÃO VAI RECUAR EM OBRAS DA ETE-4, DIZ DIRETOR

[b]Nelson Klitzke explicou aos vereadores a importância da obra para o saneamento básico[/b] [b]Moradores da região onde obra será erguida temem conviver com o mau cheiro[/b]

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O diretor do Samae, Nelson Klitzke, reiterou na sessão da Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul de quinta-feira (24 de março) que o órgão não vai recuar e tem intenção de começar com a maior rapidez possível as obras da futura Estação de Tratamento de Esgoto, a ETE 4, que será construída ao lado do Parque Malwee, na rua João Januário Ayroso, no limite entre os bairros São Luís e Parque Malwee, e deve atender a uma população estimada em 70 mil pessoas.
Questionado pelo vereador Jaime Negherbon (PMDB), se havia possibilidade de que aquela área fosse destinada a casas para pessoas desabrigadas pelas chuvas, e que a Prefeitura adquirisse área mais distante para a estação, Klitzke foi taxativo. Ele argumentou que não há esta possibilidade, até porque a maior parte do terreno é alagadiça, e reforçou o compromisso de iniciar a obra o mais rápido possível, para que a estação possa iniciar a operação em no máximo dois anos.
O Samae aponta como fatores primordiais para que a ETE 4 seja construída naquela região as características físicas do terreno, bem como a posição geográfica e topográfica. Pesam a favor ainda a facilidade de acesso e a proximidade do rio Jaraguá, onde o esgoto já tratado deve ser jogado.
O projeto, que prevê investimentos de R$ 23 milhões, está pelo menos três anos atrasado. “Só em desapropriações feitas em 2007 foram R$ 580 mil. O prazo de carência é de 48 meses. A metade deste tempo já passou e quando chegar a hora do acerto, se a obra demorar, não teremos receita para honrar este compromisso”, ressaltou.
Argumentando que a falta de saneamento é uma das principais causas de doenças e mortes no País, onde 15 crianças de zero a quatro anos morrem por dia em decorrência da falta deste serviço essencial, Klitzke reiterou que é meta da Prefeitura continuar com o projeto de implantação do esgoto, que não chega a 50% da cidade.
A ETE 4 foi projetada para atender a população da região , elevando a cobertura para mais de 80% da população. A maior resistência que ela encontra são os moradores das vizinhanças, que temem ter que conviver com o mau cheiro provocado durante o tratamento. Problemas com mau cheiro estão sendo enfrentados no momento por moradores das imediações da estação da Ilha da Figueira.
O diretor do Samae diz que a garantia de que este problema não se repetirá naquela estação está no fato de que ela apresenta uma nova e mais avançada tecnologia. Ele também mostrou várias fotos de maquetes mostrando que os tanques serão fechados e que não haverá emissão de gases para a atmosfera, pois eles serão queimados.
Um grupo de moradores acompanhou a sessão e não ficou nada satisfeito ao ter conhecimento de que a ETE 4 sai de qualquer jeito. O vereador Jaime lamenta que embora os moradores tenham se manifestado contra o projeto em audiência pública, ele seja levado adiante.
Os moradores que acompanhavam a sessão também saíram insatisfeitos ao serem impedidos de se manifestar em respeito ao regimento interno da Câmara. Situação semelhante aconteceu na semana passada, na sessão itinerante do bairro Amizade, onde um morador interrompeu a sessão para desfiar a série de problemas que eles enfrentam. O presidente Jean Leutprecht (PC do B) planeja incluir na nova Lei Orgânica da Casa um espaço para que a população possa se manifestar.

Jornalista responsável: Rosana Ritta – Registro profissional: SC 491/JP