Ontem à noite, depois da sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul, o vereador Ronaldo Raulino, PDT, na condição de presidente da CPI que investiga irregularidades e já apontou cerca de duas dezenas delas, deu entrevista a Tim Francisco, da Jaraguá AM, e ao editor do Jornal ABSOLUTO. Garantiu que na próxima semana o lobista que introduziu a SP Alimentos na Prefeitura de Jaraguá do Sul, Nédio Domingues Vitório, e dono de empresas como o Cartão Joinville, “já que quando liguei para ele, a secretária que atendeu disse: “Cartão Joinville, Bom Dia, em que posso ajudar…” e depois de algum tempo, o Nédio atendeu dizendo: Você não sabe com quem esta mexendo… Não irei depor na CPI e vou instruir meus advogados neste sentido, porque vocês ai de Jaraguá do Sul só querem aparecer, e eu não tenho nada com a merenda escolar ou com o cartão estacionamento…”, contou Ronaldo Raulino, frisando que “fiz constar à ameaça velada em Ata e na semana que vem o lobista Nédio, morador de Joinville, virá sob vara prestar depoimento na CPI da Merenda, – por ordem Judicial”.
A situação da vice-prefeita de Jaraguá do Sul, Rosemeire Vasel, se complica nesta CPI que esta em andamento na Câmara de Jaraguá do Sul, pois como prefeita interina, foi quem assinou o convênio terceirizando em favor da SP Alimentos a merenda escolar no Município, e cuja empresa é alvo de denúncias Brasil afora aonde através de lobistas, o que inclui até o cantor Sérgio Reis, excluiu do “cardápio a merenda escolar barata” e introduziu valores conforme as calorias ou estufantes servidos em horários impróprios, e pasme – até pratos de feijoada às 9h30 ou às 15h30 para os estudantes da primeira série. Mas o grave estaria no uso das merendeiras do próprio Município, aonde sequer recolhe um centavo de impostos e o descontrole sob o que realmente é servido. Já a Prefeitura Municipal cabe pagar, com o nosso dinheiro, pois público, elevados valores mensal. Por trás disso tudo funcionária esquemão de corrupção que esta sendo investigado a fundo e aqui estaria àquele ex-secretário de tudo na Prefeitura de Jaraguá do Sul, – e que agora, por pressão deixou a Cidade, mas virou secretário Extraordinário de Jaraguá do Sul em Brasília, para atuar na captação de recursos para esse Município, Carlos Alberto Grando Dias, um paulista que apareceu do nada no final da campanha do atual prefeito e dois anos depois foi o coordenador e catador de recursos da campanha da vice-prefeita Rose Vasel quando disputou como candidata a vice-governadora de SC na chapa encabeçada pelo petista José Fristch. Carlos Dias veio de Santo André, SP, onde o então prefeito Celso Daniel foi brutalmente assassinado quando tentou se livrar das amarras com os lobistas das safadezas que o sugavam nos cofres daquele Município e seu nome teria sido citado numa CPI.
A CPI da Merenda Escolar de Jaraguá do Sul, conforme o presidente Ronaldo Raulino, já soma quase duas dezenas de irregularidades e que serão apontadas no Relatório Final, – mas se negou a adiantar quais. Nela já foram ouvidas, por exemplo, duas vezes a vice-prefeita Rose Vasel, porque “na primeira vez a Rose disse que não conhecia o lobista Nédio Domingues Vitório. Já no segundo depoimento ela disse que fomos nós vereadores que havíamos nos invocado, alegando que ela não disse que não conhecia o Nédio, mas sim que o lobista não teria participado da intermediação para que assinasse o convênio com a SP Alimentos”. As provas do assédio que o lobista exerceu junto ao Paço Municipal de Jaraguá do Sul foram fornecidas por dois a três ex-ocupantes de cargos de confiança da Prefeitura, entre outros já ouvidos pelos membros da CPI da Merenda Escolar.
ALGO ESTA ERRADO: Durante a sessão de ontem da Câmara de Jaraguá do Sul, a vereadora Maristela Menel Roza, PtdoB, da Tribuna da Casa de Leis disse: “Algo de errado esta acontecendo no prédio da Rua Walter Marquardt. Aqui nessa Casa temos em andamento além da Comissão Processante; as CPIs da Canarinho; do Gás na Arena; e da Merenda Escolar. E na Justiça já são quatro processos contra o administrador municipal por crime de improbidade administrativa: do abatedouro; do mensalinho; da dação dos ônibus da Canarinho e agora a da energia elétrica”. O vereador Pedro Anacleto Garcia, PMDB e a cuja sigla o prefeito Moacir Bertoldi recém se filiou, fez a defesa, alegando que o administrador estaria sofrendo esta ação porque “cortou a empresa atravessadora que fazia a manutenção das lâmpadas da iluminação pública nas ruas de Jaraguá do Sul, e vocês sabem, toda empresa atravessadora tem sua margem de lucros”. Em aparte Ronaldo Raulino disse: “Foi bom os seus esclarecimentos, pois ficou claro que o Ministério Público, ao menos nesse caso, esta errado, e assim é um processo a menos contra o Prefeito de Jaraguá do Sul”. Pedro Garcia retoma a palavra e rebate Raulino: “Eu não disse que o Ministério Público esta errado…”. Foi à vez da Maristela Menel lembra-lo que se o Ministério Público “abriu ação é porque alguém fez a denúncia que se tornou em mais uma Ação Civil Pública contra o Prefeito de Jaraguá do Sul”.