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REPRESENTAR O POVO NÃO É ANTIÉTICO, REFORÇA A PRESIDENTE

[b]Vereadores debate a árdua tarefa de esclarecer para a população qual é o papel do vereador e da Prefeitura Reforçam que como representantes do povo se esmeram para levar seus pedidos aos órgãos competentes[/b]

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[img align=left]https://www.jaraguadosul.sc.leg.br/uploads/thumbs/c8d777a1-5ada-63b6.jpg[/img]

A presidente da Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul, Natália Lúcia Petry (PSB), usou a tribuna na palavra livre da sessão da última quinta-feira para voltar a explicar um dos principais desafios dos vereadores na atual legislatura, que é tentar esclarecer para a população qual é a verdadeira função do vereador. Desta forma, acredita, a população poderá saber a quem recorrer para fazer suas reivindicações.
O esclarecimento da presidente ocorreu depois de seu nome e do vice-presidente em exercício da mesa diretora, Francisco Alves (PT), terem sido citados por um comentarista de uma rádio local, dizendo que no mínimo eles teriam sido antiéticos ao se apropriar de uma ideia que não lhes pertence. O comentarista sugeriu que os vereadores teriam feito reivindicações sabendo que um projeto para execução de um destes pedidos já estaria confirmado.
Natália e Francisco informaram que de forma alguma imaginaram que sua iniciativa de reivindicar melhorias para a comunidade pudesse ser taxada como falta de ética. “Como registra o artigo 31 da Constituição Federal, compete ao vereador a função de fiscalizar, legislar e representar o povo”, destacou a vereadora, lembrando que é sim função do vereador reivindicar obras e ações para a comunidade, na sua condição de representantes do povo.
Além de reivindicarem melhorias para a comunidade, os vereadores também estão cobrando do Poder Executivo prazos para o início e a conclusão destas obras e ações. Esta ação, entendem eles, é uma forma de dar respostas à comunidade que representam e que cobram este posicionamento.
No caso específico do bairro ilha da Figueira, que teve as reivindicações recentemente listadas após uma reunião com o presidente da associação de moradores do bairro, Mauro da Paula, eles informam que o pedido de ciclovia na rua Carlos Oeschler e solução para os problemas no trânsito na rua José Teodoro Ribeiro, em especial, são antigas e consideradas prioridades.
Os vereadores, que como é de conhecimento de todos, moram no bairro e têm ouvido constantes reclamações. Também na reunião do PPA Participativo, realizada em julho, estas obras foram citadas como prioritárias por grande parte dos moradores que compareceram e preencheram as fichas.
Natália e Francisco esclarecem ainda que quando falam em ciclovia não estão falando da continuidade da rua Rinaldo Bogo (conhecida como Beira-rio), que realmente estaria contemplada em projeto, mas sim sobre a continuidade da ciclovia da rua José Teodoro Ribeiro e da Carlos Oeschler, entre outras melhorias reivindicadas pelos vereadores em 2009.
Vale lembrar que em reunião no início do ano passado com o secretário de Saúde Irineu Pasold, Natália pediu atenção para a saúde, mas um novo posto ainda não virou realidade e o bairro mais populoso da cidade, com cerca de 15 mil habitantes, tem apenas um programa de saúde, o ESF (Estratégia de Saúde da Família).

[b]INTERMEDIAÇÃO COM DIÁLOGO[/b]

Para dialogar com a Prefeitura e tentar sensibilizá-la para que tome providências é que em março eles promoverão uma reunião com os moradores, para a qual convidarão representantes da Prefeitura para falarem sobre os projetos para o bairro, ajudando a comunidade a se mobilizar. Nesta reunião, esclarece Natália, os vereadores também darão continuidade ao trabalho que vem fazendo de esclarecer à população sobre o verdadeiro papel do vereador, que é fiscalizadora e representativa do povo. “É uma questão de ética esclarecer onde termina o trabalho do vereador e onde começa o trabalho da Prefeitura”, frisou Natália.
Natália acha que o diálogo entre vereadores, população e Executivo é fundamental. Ela questionou ainda os vereadores se eles receberam respostas de algumas de mais 800 reivindicações que aprovaram e enviaram à Prefeitura no ano passado. Disse que sabe que nem todas podem ser executadas, mas que se um prefeito fizer pelo menos um terço do que foi pedido, já seria um excelente administrador.
O vereador Francisco lamentou a situação, pois lembra que tem um trabalho social de muitos anos e agora, quando tem um papel pelo qual foi votado para representar 140 mil pessoas, vai continuar fazendo reuniões e reivindicações e solicitando respostas do Executivo.
O vereador Jaime Negherbon (PMDB) também acha importante se esclarecer a função do vereador, pois as pessoas confundem e pensam que é o vereador que tem que fazer obras, construir creches e escolas. “Quem tem dinheiro e arrecada impostos é a Prefeitura e não os vereadores, nós estamos cobrando, mas infelizmente por brigas políticas não acontecem as obras. A população tem que vir assistir as sessões aqui no plenário, assistir pela TV (canal 21) ou ao vivo no site (www.jaraguadosul.sc.leg.br) para saber que os vereadores lutam para que as coisas aconteçam”, convoca Jaime.
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JOSÉ OSORIO PROPÕE PEDIDO DE RESPOSTAS SOBRE CENTENAS DE INDICAÇÕES[/b]

José Osorio de Avila (DEM) também lamentou e disse que os vereadores precisam de respostas para as indicações encaminhadas. “Precisávamos de respaldo, pois estou no terceiro mandato e nunca recebemos resposta sobre as indicações enviadas. Está na hora de nos reunirmos com o secretariados para que eles respondam”, sugeriu.
Amarildo Sarti (PV) disse que ficou claro para todos que há ineficiência do governo e não do vereador, não vejo um vereador sem eficiência. “Vejo como positiva a junção dos vereadores para buscarem alternativas para as comunidades, eu mesmo conversei com o verador Justino para buscarmos soluções, pois não aguento mais as cacetadas. Na Vila Rau, para desentupir um bueiro faz mais de ano”.

Jornalista responsável: Rosana Ritta – Registro profissional: SC 491/JP