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DEMOLIÇÃO DE GINÁSIO PRECISA DE AUTORIZAÇÃO DO ESTADO

[b]Vereador Jean apresenta documento que sustenta que governo estadual, que doou Arthur Muller ao município, precisa autorizar o desvio de uso do local Movimento contra a demolição, que reforça compromisso com Jaraguá do Sul, promove manifestação a favor do espaço no sábado pela manhã[/b]

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O vereador Jean Carlo Leutprecht (PC do B) apresentou na sessão desta terça-feira (16 de fevereiro) da Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul um documento que, em sua opinião, coloca por terra a anunciada intenção da Prefeitura de derrubar o ginásio Arthur Muller para, em seu lugar, construir um novo terminal de ônibus.
Ao mesmo tempo em que convidava a população e os demais vereadores para uma manifestação a favor do espaço, denominada “Não à demolição. Eu respeito Jaraguá do Sul”, que ocorrerá às 10 horas de sábado, dia 20, junto ao ginásio, Jean passou um vídeo mostrando algumas atividades que são desenvolvidas no local e informou que qualquer decisão de mudança a respeito do destino do espaço cedido pelo governo do Estado ao município depende de autorização do doador, conforme o termo de doação assinado em 2000.
Construído há 33 anos, o ginásio foi doado no governo de Esperidião Amin, onde uma das cláusulas aponta que o donatário não poderá, sob pena de reversão, mudar a finalidade, salvo expressa autorização do doador, sob pena de o mesmo retornar ao governo de Santa Catarina. Jean também lembrou que em 33 anos de funcionamento o ginásio serviu para grandes eventos esportivos, culturais, religiosos e de lazer e considera lamentável que alguém da noite para o dia tenha resolvido derrubá-lo. Destacou ainda que não há orçamento previsto para a obra anunciada e questionou o destino dos R$ 50 mil orçados ainda na gestão passada para a reforma.
Outras informações que o vereador considera absurdas é a de que serão construídos três ginásios para compensar a derrubada deste. Ou ainda que o dinheiro que será gasto na reforma deste dá para construir outro ginásio.
Tanto o vereador Jean como a presidente da Câmara, vereadora Natália Lúcia Petry (PSB), também cobram postura dos dirigentes do esporte da cidade. Para Jean, o presidente da FME é profissional da educação física, mas infelizmente não está comprometido com a comunidade, pois não defende o espaço.
Ele também quer saber por que quem está levantando este assunto não é nem o presidente da FME nem o secretário de Planejamento. “Não é porque uma pessoa sonhou que vão derrubar o ginásio, além do mais não temos alguém tão eclético no município que possa responder por todas as áreas”, criticou Jean.
Por sugestão dele, também reforçada pelo vereador José Osorio de Avila (DEM), que confessou que também é contra a demolição, os vereadores decidiram encaminhar ofício ao presidente da FME convocando-o para que compareça na próxima semana em reunião das comissões da Casa que tratam do esporte e transporte.
Os vereadores também consideram absurda informação que outro ginásio seria construído ao lado da Arena Jaraguá, que nem linha de ônibus tem, uma reivindicação que não viram concretizada desde a inauguração daquele espaço. “Não entendo mais se estamos falando de transporte coletivo ou esportes”, observou Jean.
Natália disse que os secretários devem se pronunciar e entende que é o momento de a prefeita se pronunciar, para haver gestão participativa. “Os técnicos da fundação estão acuados, não concordam com a demolição, mas temem por seus empregos, por isso as poucas manifestações dos gestores”, pondera.

[b]JUSTINO PEDE PARA COMCIDADE SER OUVIDO[/b]
Justino da Luz (PT) lembrou que o Comcidade – Conselho Municipal da Cidade – precisa ser ouvido, pois é um dos conselhos que mais tem atuado e trabalhado em prol das coisas corretas de Jaraguá do Sul. “O ginásio é um dos poucos espaços públicos que a população tem”, destacou.
O vereador Jaime Negherbon (PMDB) confirmou sua presença no ato de sábado, lembrando que é preciso dizer não à demolição e reforçou que já sugeriu a área da antiga fábrica Max Wilhelm, bastante espaçosa e em estado de abandono para um novo terminal. “Já temos uma falta de ginásios públicos na cidade. Pra que demolir? Vamos ver outra área…”
O vereador Amarildo Sarti (PV) não conteve sua indignação ao lembrar que está na hora de se dar uma resposta em relação aos contratos da Canarinho. “Somos signatários disso e precisamos começar a ler os contratos. Eu nem queria estar na pele de quem tem que dar a resposta, que não é a Canarinho que tem que dar, mas a Prefeitura. Precisamos cobrar, sob a pena de assinar um cheque em branco para a irresponsabilidade”, alertou.
Lembrou da audiência pública sobre o transporte coletivo ocorrida em agosto, em que pessoas de responsabilidade social muito grande estiveram envolvidas. “Em 30 dias, houve o compromisso de que será enviado projeto que o conselho de trânsito passasse de consultivo para deliberativo, mas não houve. Estou cansado de ouvir impropérios nas ruas”, desabafou.
Lembrou ainda de outros problemas discutidos na sessão, como os alagamentos, que ele e Justino muitas vezes se manifestaram em relação à região da Vila Rau e Estrada Nova, mas hoje entra água na casa de várias pessoas. “Se goza da cara do povo como se gozasse da cara de qualquer trapalhão por aí. Chega de fazer os outros esperarem que as obrigações fiquem para quinto plano. Isso não é decente, a comunidade quer resposta”, reforçou.
Amarildo disse que já foi inquirido com dedo na cara, de pessoas cobrando providências e mandando ler os contratos. “Não sou gestor, não tenho máquina nem dinheiro, como vereador posso apenas apenas pedir. Mas sugiro que se ninguém quer fazer nada que sejam sinceros e digam aos cidadãos: ‘Paguem impostos porque não vamos fazer’”. Segundo Amarildo, as reclamações vem de pessoas inclusive que votaram na prefeita Cecília Konell.
O vereador Francisco Valdecir Alves (PT) reforçou “diga não à demolição, vamos à exceção”. Por fim, o líder do governo na Câmara, vereador Ademar Possamai (DEM), também disse que não é favorável à demolição do ginásio e que já deixou claro isso à prefeita. Mas ponderou que o espaço comprometido e é preciso se começar a discutir um espaço para o terminal.

Jornalista responsável: Rosana Ritta – Registro profissional: SC 491/JP