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DEPOENTES DECLARAM INGERÊNCIA SOBRE SUAS FUNÇÕES NA CCO

[b]Coordenadores de camarotes, divulgação e turismo e de bebidas da comissão organizadora da Schützenfest alegaram que quem mandava era a Fábrica de Shows Relator da CEI não descarta convocà-los novamente, já que muitas perguntas ficaram sem respostas Confira os nomes dos intimados para depor na segunda e na quarta-feira próximas[/b]

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Os três integrantes da Comissão Central Organizadora (CCO) da Schützenfest que prestaram depoimento na tarde desta quarta-feira (25 de fevereiro) à Comissão Especial de Inquérito (CEI), que investiga as supostas irregularidades nas contas da festa, pouco acrescentaram às investigações. A maioria destacou ingerência em relação às funções para as quais foram nomeados como coordenadores, informando que a empresa terceirizada Fábrica de Shows era quem gerenciava a festa, emitia notas e pagamentos, sob a supervisão do presidente da CCO, o então secretário de Turismo, Cultura e Esporte, Ronaldo Raulino.
O depoimento mais esperado da tarde, que seria justamente o de Raulino, foi adiado a pedido do mesmo, alegando que tinha assuntos pessoais e profissionais para resolver. A comissão agendou o depoimento dele para a próxima quarta-feira, dia 3 de março, e ainda nesta tarde estava tentando localizá-lo para oficializar a intimação.
O primeiro a depor na segunda rodada de oitivas foi coordenador de vendas de Camarotes da CCO da Schützenfest, Alaor Palácio Júnior, que explicou que seu envolvimento foi apenas com a captação de clientes para a venda de camarotes e a preparação da estrutura, com numeração dos espaços, entrega das chaves e das fitas de acesso. Embora figurasse como responsável pelos camarotes, ele disse que dividia a função com Alcides Pavanello e Josemar Moraes, e em nenhum momento movimentou dinheiro.
Segundo informou, ele fazia contatos com os possíveis compradores de camarotes, repassava os dados dos mesmos para o representante da Fábrica de Shows, empresa que teria sido contratada para gerenciar a festa, que emitia um boleto bancário da Blucredi em nome do contratado e somente depois que a pessoa pagava o boleto ele era autorizado a entregar as fitas de acesso. Para Alaor, a festa foi um sucesso e sua concepção é que a empresa contratada veio dar um golpe e foi embora.
Ele relatou que os camarotes eram vendidos a R$ 4 mil para as onze noites e R$ 500,00 individuais. E, segundo seu conhecimento, a única cortesia foi o camarote 2, cedido para o Rei e Rainha da festa. Alguns também teriam sido negociados em forma de permuta com veículos de imprensa. Ele entregou uma lista de clientes e prometeu conseguir cópias de boletos com alguns destes contatos.
Também reticente, o responsável pela divulgação e turismo da festa, Marcelo Muller, reafirmou que a festa foi tocada pela Fábrica de Shows na pessoa de Gentil Medeiros, conhecido como Zezo, ignorando até mesmo contratos sobre a divulgação para a qual foi nomeado. “Todos os contratos com a imprensa e meios de comunicação foram feitos pela Fábrica”, afirmou, dizendo que se seu envolvimento não foi nulo, ele foi mínimo.
Segundo informou, a elaboração de folderes e material publicitário foi feita pela Tallens, agência de publicidade de Florianópolis contratada pela Fábrica para criar as peças publicitárias. “A Pefeitura tem participação, mas a organização cabe à Fábrica de Shows”, destacou, informando que sua comissão era junto com o Secretário de Comunicação da Prefeitura, Agostinho Oliveira, e com o presidente da Fundação Cultural, Jorge Luiz de Souza.
Marcelo também informou que é ordenador secundário do Fundo Municipal de Turismo, sendo que o coordenador primário seria o secretário Ronaldo, e que o fundo não destinou recursos para a festa. O presidente da CEI, Jean Carlo Leutprecht (PC do B), disse que chegaram empenhos de publicidade da Prefeitura em relação à festa. “Por parte do fundo, não houve investimento em publicidade na festa”, reafirmou o depoente.
Marcelo desconversou quando questionado se a Prefeitura promoveu a festa. Disse que a festa é da cidade, onde a marca é da Fundação Cultural e sempre foi gerida pela associação, e que em momento algum participou do contrato com a Fábrica de Shows.
Já a secretária da CCO e nomeada para coordenar a comissão de bebidas da festa, Luciane Gisele Anacleto Sabel, explicou que era responsável por receber a bebida, cuidar do depósito e liberar para a pessoa responsável dos bares da festa. Admitiu que pessoas da Prefeitura, em especial da Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte trabalhavam na festa, porque foram indicadas como cargo de confiança pelo secretário Ronaldo, assim como a Associação dos Clubes e Sociedades de Tiro do Vale do Itapocu (ACSTVI), que também indicou nomes de confiança para a CCO.
Ela disse que pouco conhece sobre o envolvimento da Fábrica de Shows na festa, só sabe que eles chegaram com um belo projeto e que teriam enganado os organizadores. Disse que quem pedia as bebidas para a Distribuidora de Bebidas Príncipe de Joinville, que ainda não recebeu quase R$ 400 mil, era o Zezo, que o repassava para Luiz Cesar da Silva, responsável para distribui-la nos bares da festa. Luciene garantiu que seu papel era receber e assinar as notas de consignação em nome das associações e cuidar da bebida até ela deixar o depósito.
Disse que na falta do Zezo, ela ligava e pedia. Questionada se observou valores diferenciados nas notas de bebidas que variavam de R$ 6,00 e R$ 9,00, sempre emitidas em nome das sociedades de tiro, ela garantiu que tem cópias de todas as notas e que sempre pedia para sair no nome da Fábrica de Shows, mas não foi alterado.
Questionada se a festa foi da Prefeitura, Luciene disse que só recebia ordens do Ronaldo, e considera que a Prefeitura participou de certa forma, já que havia servidores atuando na CCO. “Vieram, arrecadaram, gastaram, não tem como pagar e agora colocam a culpa em quem não tem”, resumiu, responsabilizando a Fábrica de Shows.
Ela respondeu ao vereador Amarildo que o calote da Fábrica de Shows é certo. Também disse que desconhece três notas de bebidas em nome da Prefeitura e que pedia tudo em consignação e que não sabia o valor exato cobrado pela Bebidas Príncipe. Jean a Luciene pediu cópias de atas das reuniões da CCO.
O relator da CEI, vereador Justino Pereira da Luz (PT), considerou os depoimentos bastante evasivos e não descarta convocar novamente os depoentes para novos esclarecimentos ou acareações.
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DEPOIMENTOS PREVISTOS PARA SEGUNDA-FEIRA, DIA 1º DE MARÇO

Raul Henrique dos Santos – 13h30[/b]
Responsável pelo financeiro da CCO

[b]Marcelo Heinz Prochnow – 14h45[/b]
Responsável pela música da CCO

[b]Ivo Konell – 16 horas (Seria convocado ainda nesta quarta)[/b]
Secretário de Administração e de Finanças da Prefeitura de Jaraguá do Sul

[b]Jorge Luiz da Silva Souza – 17h15[/b]
1º vice-presidente da CCO e presidente da Fundação Cultural de Jaraguá do Sul

[b]DEPOIMENTOS PREVISTOS PARA QUARTA-FEIRA, DIA 3 DE MARÇO [/b]

[b]Heitor Bento Alves (será intimado na segunda-feira, em Blumenau) – 13h30[/b]
Responsável pela música da CCO

[b]Alice Eyng Maçaneiro – 14h45[/b]
Responsável pela alimentação da CCO

[b]Luiz César da Silva – 16 horas[/b]
Responsável pelas bebidas da CCO

R[b]onaldo Raulino – 17h15[/b]
Presidente da CCO e então secretário de Turismo, Cultura e Esporte da CCO

Jornalista responsável: Rosana Ritta – Registro profissional: SC 491/JP