Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Melhores salários apontados como solução para a falta de médicos

COMPARTILHE

vereadora Natália Lúcia Petry (PSB)
vereadora Natália Lúcia Petry (PSB)

A falta de médicos na rede pública do município foi discutida em uma reunião, que precedeu a sessão ordinária, nesta quinta-feira, 16. O encontro, articulado pela vereadora Natália Lúcia Petry, contou com a participação dos diretores clínicos dos dois hospitais, Amaro Ximenes Júnior e Rogério Luiz da Silva, este também presidente da Associação Médica de Jaraguá do Sul.

Além de vereadores, também estiveram presentes o secretário municipal de Saúde, Francisco Airton Garcia, o integrante do conselho de administração do Hospital Jaraguá, Hilário Dalmann, e o diretor de Vigilância e Saúde, Walter Clavera.

Os representantes do setor foram taxativos em afirmar que a falta de médicos na cidade tem como razão maior os salários pagos pela rede pública municipal. Atualmente, para uma jornada de 40 horas semanais, o último concurso realizado pela Prefeitura prevê vencimentos da ordem de R$ 6,4 mil. Segundo os profissionais, o valor é baixo e a reivindicação do Sindicato dos Médicos de Santa Catarina, bem como da Federação Nacional, é de que os profissionais recebam R$ 9532 por uma carga horária semanal de 20 horas.

“Hoje a Prefeitura finge que paga, e o médico finge que trabalha”, afirmou o dr Amaro Ximenes Júnior, lembrando que um termo de ajuste de conduta chegou a ser firmado, porém os médicos pediram a conta quando foram obrigados a cumprir a carga horária. Para ele, o atual sistema está equivocado, pois o profissional recebe por consulta, e não por hora trabalhada, o que faz com que o médico não permaneça no posto de saúde por todo o período pelo qual recebe.

“Sou a favor de que se pague melhor, mas de que o profissional seja bem remunerado”, disse o diretor. Em razão da falta de médicos nos postos de saúde, os profissionais afirmam que esta demanda acaba sendo suprimida pelos pronto-atendimentos dos hospitais, que são destinados a casos de urgência e emergência.

Acerca do fechamento do corpo clínico dos hospitais, apontado como uma das causas da não vinda de profissionais para a cidade, Ximenes afirmou que “isto é coisa do passado”. Inclusive disse que há dificuldade na contratação de algumas especialidades, a exemplo da pediatria.

O diretor também informou que em Jaraguá do Sul atuam 220 médicos, dos quais 182 fazem parte do corpo clínico dos hospitais.

Na sessão, a vereadora Natália comentou sobre a discussão e seus encaminhamentos. Uma nova reunião ficou de ser marcada, envolvendo também o Departamento de Convênio da Associação Médica, e os setores Jurídicos da Câmara e Prefeitura, com o objetivo de adequação dos salários dos médicos de acordo com o mercado.  “Na semana que vem vamos propor este segundo passo para que possamos então avançar nesta questão. Se for o caso de alterarmos as leis que atribuem aos médios determinados salários, a Câmara tem competência para isto”, finalizou.