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Lideranças de toda a região prestigiram manifesto

Presidente participa de protesto de rizicultores

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Manifesto ocorreu na manhã desta sexta-feira, 18, às margens da SC
Manifesto ocorreu na manhã desta sexta-feira, 18, às margens da SC

Presidente da Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul, Jaime Negherbon (PMDB) participou, na manhã desta sexta-feira (18), da manifestação organizada pelos rizicultores de Santa Catarina reivindicando mais atenção para o setor da produção no Estado.

A iniciativa partiu da Associação Empresarial e Agrícola do Município de Massaranduba, AMVALI (Associação dos Municípios do Vale do Itapocu), Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Astral Norte (Associação dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais da região Norte de Santa Catarina) e Cooperativa Juriti, contando também com o apoio da Câmara de Vereadores de Massaranduba e demais Câmaras da região Norte do Estado.

Os produtores de arroz e entidades envolvidas estão preocupados com a pouca atenção que o setor vem recebendo do governo. Os altos custos para o cultivo e a baixa remuneração do produto no mercado estão entre os maiores problemas. No ano passado, a colheita iniciou com preços de R$ 30,00 a saca. Hoje, o rizicultor recebe R$ 20,00 pela mesma saca.

Fatores como a importação do arroz do Mercosul faz com que haja um excesso no mercado brasileiro diminuind,o assim, os preços pagos aos agricultores.

Lideranças de toda a região prestigiram manifesto
Lideranças de toda a região prestigiram manifesto

A rizicultura é a cultura mais importante em termos de produção econômica na região do Vale do Itapocu. Cerca de oito mil agricultores têm o arroz como principal fonte de renda, que gera 50 mil empregos direta ou indiretamente. Santa Catarina produz um milhão e 39 mil toneladas/ ano em 60 municípios, em uma área total de cultivo de 150,5 mil hectares.

Várias lideranças políticas do Estado estiveram presentes no protesto. O deputado estadual Carlos Chiodini (PMDB) afirmou que o preço pago aos agricultores está abaixo do valor mínino fixado pelo governo, R$ 25,80 e que ainda se fala em uma queda para o valor de R$ 18,00. “É preciso criar uma política pública que proíba as importações e que haja uma diminuição dos impostos cobrados na cadeia produtiva do arroz”, enfatizou.

Para o deputado federal Mauro Mariani (PMDB), a entrada de arroz vinda do Mercosul derruba o preço. Outro ponto levantado pelo parlamentar foram as chuvas que castigaram as plantações. Mariani pretende integrar um trabalho já feito por um deputado do Rio Grande do Sul, juntamente com alguns de Santa Catarina, que pretende incluir o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, e também o ministro da Fazenda, Guido Mantega. De acordo com Mariani, o governo precisa fazer a compra do arroz para tirar o acúmulo do mercado e inibir a importação em Santa Catarina. “A longo prazo, precisamos reduzir os custos para a produção, pois em outros países os valores para o cultivo são bem menores; não tem como concorrer”, exemplificou.

Alfredo de Borba é rizicultor de Guaramirim. Ele revelou que a situação dos demais produtores de arroz é caótica. “Precisamos de pelo menos o preço mínimo. Com a enxurrada de janeiro, tive dois alagamentos em minha propriedade e perdi 20 mil sacas de arroz. Não sei como será esse ano”, lamentou.

O presidente da Casa, Jaime Negherbon, se solidarizou falando sobre a dificuldade do trabalho do agricultor. Segundo ele, “a manifestação é pacífica, mas dentro da realidade”.