Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Procurador e controlador convidados a ir à Câmara

COMPARTILHE

Vereador Jean Leutprecht (PCdoB)
Vereador Jean Leutprecht (PCdoB)

Incluído na pauta de votação a pedido do propositor, vereador Jean Leutprecht (PC do B), a Câmara aprovou requerimento para que o procurador geral do município, Mário Sérgio Peixer Filho, e o controlador geral, Mário Lenke, participem de uma sessão. O objetivo é que eles tragam informações sobre os processos administrativos internos, sindicâncias, suspensões e outras situações administrativas, de janeiro de 2009 até 31 de março último. Além disso, para que discorram sobre os processos que a administração vem respondendo ao Ministério Público e outros órgãos.

“O que nos motivou a convidar o procurador e o controlador geral são alguns comentários, infelizmente a gente achava que estas práticas haviam sido banidas das administrações municipais, mas as pessoas um pouco mais jovens não entendem como funciona e se deixam influenciar muito fácil por algumas pessoas às vezes mal intencionadas”, comentou Leutprecht, informando ter recebido, nesta e na última semana, informações de ações que vem ocorrendo dentro da Prefeitura por parte do procurador e do controlador e que lhe “chamaram a atenção”.

“Ações estas que no ano passado era contra o vereador Amarildo, contra a vereadora Natália, contra o vereador Dico, e contra este vereador por termos feito parte da administração anterior e toda hora ficavam procurando algum problema nas nossas secretarias. Secretarias que sem dúvida foram de destaque, e isso talvez nos trouxe a esta Casa. Mas passaram-se dois anos, bateram e não conseguiram descobrir nada. Por que? Porque não existe nada. Existe trabalho, existe muita dedicação, existiram ali muitas pessoas que procuraram deixar a sua marca, e apresentar bons trabalhos. Diferente, coincidentemente nestas áreas, de hoje. Algumas secretarias estão se recuperando, mas outras em situação delicada”, declarou.

Um dos assuntos a ser abordado é a questão da pista de atletismo que, segundo o vereador, esconde por trás interesses políticos. “Alguns de nós estamos nos destacando e antecipando um pouco o processo eleitoral. Nem é minha preocupação, acabei de sair de um processo eleitoral. Eu não sei se por orientação, mas estão um pouco mal intencionados”, prosseguiu Leutprecht.

O vereador também disse estar de posse de algumas relações e filmagens relacionadas a assédio moral que servidores públicos estariam sendo acometidos. E informou que vai procurar o sindicato da categoria, bem como a OAB, para que providências sejam tomadas. “Não é a primeira vez que isto acontece. Se querem achar problemas, vão primeiro resolver o problema da cidade, que tem muita coisa para se fazer, e não está sendo feito nada”, declarou.

Em relação à Controladoria, Leutprecht citou que assuntos antes tratados internamente pela Prefeitura e levados a conhecimento através dos meios de comunicação caíram no esquecimento, a exemplo da Schützenfest.  “Está na hora de colocar isso em pratos limpos, a calmaria acabar, trabalhar um pouco mais isso aqui. O momento é este”, finalizou.

“Regime de competência do Legislativo é menosprezado”, diz vereadora

Em aparte, a vereadora Natália Lúcia Petry (PSB) comentou que o regime de competência da Câmara é menosprezado pelo Executivo e grande parte da população, que desconhece a missão dos vereadores.

“Nós vivemos ainda um momento de política provinciana em nosso município, onde os regimes de competência não são entendidos e respeitados e a consequência são retaliações. Eu também já passei por isso, e não estou livre de que isso continue. Parece que é forma que alguns têm para sobreviverem na política, desmerecendo o trabalho das pessoas ao invés de dar continuidade a bons projetos que foram implantados”, afirmou.

Para a vereadora, a “Câmara deixou de fazer seu papel, trabalhando pela sua independência, fazendo com que nosso poder fosse respeitado, que hoje está sendo achincalhado pela comunidade, pela imprensa, e isto eu atribuo a forma como a política foi feita até o momento. Mas que dá tempo de nós recuperarmos a nossa imagem, fazendo nosso trabalho sem perseguições, sem retaliações, simplesmente cumprindo nossa missão, instituída pela Constituição Federal. Por esta forma que se faz política em Jaraguá do Sul é que o povo não nos atura mais. É uma situação gravíssima que precisamos reverter para que possamos voltar a ser respeitados pela comunidade”, concluiu.

O requerimento foi aprovado por unanimidade.