Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Vereadora acusa de arbitrária sua exoneração como servidora

COMPARTILHE

vereadora Natália Lúcia Petry (PMDB)
vereadora Natália Lúcia Petry (PMDB)

A vereadora Natália Lúcia Petry foi à tribuna na Palavra Livre de ontem, 23, para se manifestar acerca da sua situação enquanto funcionária pública. Com quase 35 anos de vida pública, ela foi demitida pela prefeita Cecília Konell, concluído um processo administrativo instaurado há cerca de três anos. A comissão responsável pelo processo, entretanto, opinou pela sua permanência no quadro funcional. Natália é professora e há dois anos solicita a sua aposentadoria.

“A presidente que trabalhou o processo não suportou a pressão e desistiu da função. Foi nomeada uma nova servidora, que concluiu o processo, sugerindo o pagamento das horas. A prefeita e seus comandados fizeram outro relatório, onde desconsideram totalmente o resultado da comissão, emitindo um parecer contrário, ou seja, pela minha exoneração”, esclareceu a vereadora.

Ela citou entrevista publicada no fim de semana em que o secretário de Administração, “que resolveu se intitular conselheiro do prefeito eleito Dieter”, recomenda a ele que tome cuidado com a vereadora Natália e outras pessoas.  “E me taxa como traiçoeira. Que tipo de traição ele estava se referindo? Nunca votei e nem fiz parte de nenhum projeto político desta família que se intitula a Sagrada família: um jura que é Deus, já intitulou sua esposa como santa, e os filhos sem comentários”, criticou.

“Será que ele considera uma traição eu não ter aceitado os conchavos que me foram propostos? Ou o fato de eu ter cumprido com minhas atribuições de vereadora? Sofri um assédio moral violento nestes quatro anos”, continuou Natália, citando como uma das motivações o fato de ter sido incluído na Lei Orgânica do município o artigo que veda a contratação de parentes no poder público.

Ela também citou uma ocasião em que esteve acompanhada de sua assessoria na Prefeitura, quando o secretário de Administração disse que a situação dela na Prefeitura seria resolvida caso não votasse no vereador Jaime Negherbon para presidente da Câmara.

“Sofri ameaçadas, vieram nesta Casa, me procuraram no meu trabalho, por telefone. Mas não me curvei. Tenho 35 anos de vida pública ilibada. As urnas provam meu trabalho, nas três eleições sendo sempre uma das mais votadas. Como alguém se julga no direito de colocar uma vida profissional de uma servidora que sempre zelou pelas suas atribuições, que sempre fez seu trabalho com hora para chegar, mas nunca para sair”, declarou a vereadora.

“Basta olhar os trabalhos pelos quais fui responsável. A Fundação Cultural que não tem hora. É sábado, domingo, atividades noturnas. Nunca pedi para compensar um dia. Fundação de Esportes por oito anos viajando com alunos, 200, 300 atletas, permanecendo em alojamento por 12 dias. Nunca solicitei ressarcimento de uma hora, ou folga de um dia sequer. Mas estou muito tranquila. Já estou tomando as providências judiciais para recuperar os danos materiais e principalmente morais”, continuou.

A vereadora também questionou a declaração do secretário de Administração, ao dizer que a prefeita não tem poderes para mudar o parecer de uma comissão. “Senhores, esta pessoa está saindo da administração municipal da mesma forma que entrou: descumprindo leis, desrespeitando pessoas, perseguindo, caluniando e mentindo descaradamente. Os documentos estão aí, basta ver o relatório”.

Natália lembrou ainda que a Justiça por várias vezes fez sua parte, condenando ações encaminhadas pela Câmara ao Ministério Público. “Algumas conseguiram liminares, mas a justiça já deu seu veredicto, o povo fez a sua parte, mandando esta gente para casa, com quase 55% de aprovação nas urnas, o que prova que a população não aguenta mais. Quero só lamentar os fatos, as distorções e mentiras que estão sendo propaladas, em algum momento para me prejudicar politicamente, e agora culminando com uma vingancinha, que não vai dar em nada”, finalizou.