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Situação dos professores em debate

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A paralisação dos professores da rede estadual de ensino, que fazem um movimento pela reivindicação da incorporação do piso salarial mantendo as vantagens conquistadas ao longo dos anos no Estado, foi tema de discussão na sessão da Câmara desta terça-feira, 17.

O vereador e professor Justino da Luz abriu o debate. Ele lembrou que hoje o salário de um professor é de R$ 609,00 e com os abonos pode chegar a R$ 1040. “No ensino médio são até 40 alunos em sala de aula, e nem sempre ele quer ouvir o professor. Então é difícil, sem contar a falta de estrutura das escolas”, relatou, convidando os vereadores a participarem de uma assembleia, na tarde desta quarta-feira, na Escola Duarte Magalhães, na Barra do Rio Cerro.

A vereadora Natália Lúcia Petry sugeriu o envio de moção ao governador Raimundo Colombo para que, além da aplicação do piso salarial, os professores tenham mantidos os benefícios conquistados ao longo dos anos. “Apoiar esta causa é uma questão de coerência nossa e justiça com os professores”, discursou.

Jean Leutprecht comentou que o atual governo é o mesmo há oito anos, porque se trata da mesma coligação. Ele defendeu o apoio dos alunos, pais e de toda a comunidade na luta dos profissionais da educação para mudar esta realidade.

O vereador Afonso Piazera Neto lembrou que os professores são os responsáveis pela formação de profissionais de todas as atividades, “que passaram pela mão de pessoas que se dedicam a ensinar”. Para ele, o Estado deveria usar o exemplo de Jaraguá do Sul, onde os salários dos professores giram em torno de R$ 2 mil.

“Fico aqui pensando quando a diferença salarial entre um juiz e um professor ultrapassa os 20 mil, que valor a nossa sociedade dá para quem educa, e para quem julga? Aqueles que na verdade não são educados, fatalmente estarão sempre na fila dos julgados, porque invariavelmente a sociedade pune pela má formação qualquer tipo de cidadão”, declarou o vereador Amarildo Sarti.

Para o vereador Ademar Possamai, o que falta é proposta de gestão pública. “Só estamos achando culpados, e não fazendo a coisa para resolver o problema. Precisamos discutir política, porque quanto mais politizada a sociedade menos enganação vai ter”, afirmou.

O vereador Jaime Negherbon defendeu a greve, como forma de buscar as melhorias, devido aos problemas que se arrastam há pelo menos 20 anos.