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Vereadores debatem situação da saúde em Jaraguá do Sul e cobram soluções com urgência

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Na sessão dessa terça-feira (29), diversos vereadores usaram seu tempo na palavra livre para comentar o estado dos serviços de saúde em Jaraguá do Sul. Em suas falas, eles expressaram preocupação e afirmaram que as melhorias na estrutura e no atendimento à população devem ser urgentes; em especial, devido a recentes fatalidades e ao alto número de pessoas nas filas de espera.

Jair Pedri

Pedri comentou a situação das filas de espera. Foto: Tiago Rosário (CMJS)

O vereador Jair Pedri (PSD) relatou o caso de uma munícipe que está procurando atendimento para seu filho em uma Unidade de Saúde do bairro Jaraguá Esquerdo. “Já não tem pediatra há muito tempo, há mais de mês (…) e estão se virando como dá”, declarou o parlamentar. Ele afirmou também que o prazo de espera para a especialidade é de 30 a 45 dias atualmente, e que muitos atendimentos são encaminhados para outras unidades do município.

O parlamentar ainda comentou que a resposta dos servidores responsáveis pela pasta sobre a fila para pediatria tem sido insatisfatória; em especial, ao afirmarem que o número de pessoas em espera no setor privado está ainda maior.

Pedri também expressou indignação em relação ao alto número de pessoas na fila para consulta com médico cardiologista, que chega a quase 1.500 pacientes. “A saúde pública não é tratada com o devido respeito”, garantiu. Por fim, ele alertou que, por conta disso, a saúde pública do município pode se encaminhar “para o colapso em um curto espaço de tempo”.

Almeida

Almeida alertou para a falta de urgência em tratamento de casos que podem ser fatais. Foto: Tiago Rosário (CMJS)

Em seguida, o presidente da casa, vereador Almeida (MDB), trouxe o caso de um munícipe que, durante a sexta-feira santa (18), recebeu alta do hospital após um acidente de moto. Ao fazer o relato, ele apontou que a pessoa teve que retornar no dia seguinte por conta de um episódio de febre, e que a situação indicava a possibilidade do paciente ter uma trombose.

No entanto, o exame foi feito apenas na terça-feira (22). A operação para amputação foi realizada na segunda-feira seguinte, mas o paciente morreu após o procedimento por conta de uma parada cardiorrespiratória. “Não gosto de trazer isso ao Plenário, mas cansa”, declarou Almeida, ao criticar a falta de urgência no tratamento de casos como esse. Ele sugeriu, por conta da longa fila, que as pessoas que aguardam atendimento sejam encaminhadas para outros municípios ou, até mesmo, outros estados. “Mas dê o atendimento. Não deixe morrer”, pediu.

Por fim, ele também chamou a atenção para a situação de pessoas que buscam atendimentos no SUS, e que o Poder Público Municipal precisa acolher as demandas desses cidadãos.

Cani

Cani (PL) chamou a atenção novamente para a falta de manutenção de veículos da saúde. Foto: Tiago Rosário (CMJS)

Em sua fala na tribuna, o vereador Cani (PL) também garantiu que a saúde no município é uma de suas principais preocupações. “O que me causa estranheza é de que parece que essa administração não encontrou o caminho de cuidar das pessoas na saúde”, questionou. Ele levantou novamente o estado dos veículos utilizados para o transporte de pacientes a centros de saúde em outros municípios, e que muitos estão parados aguardando manutenção. “Do dia 21 de janeiro (…) está parada uma van de atendimento de saúde que leva pessoas a todas as regiões de Santa Catarina para tratamento. Parada, estacionada, com problema de câmbio, esperando a manutenção e a liberação de dinheiro – enquanto isso diz respeito ao dinheiro público”, afirmou.

Ele pediu urgência na resolução desses problemas pela espera dos munícipes, e rebateu a ideia de que o serviço não pode ser oferecido por conta de desistências. “Será que as pessoas não se cansam de esperar e algumas desistências estão esperando no cemitério, enterradas? Por ineficiência, por falta de vontade”, perguntou. Ao final da fala, ele garantiu que as filas não se limitam a áreas específicas, mas que incluem diversas especialidades.

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