Parlamentares se queixam de demora no andamento de projetos do Mercado Municipal e de habitação
Durante a palavra livre da sessão dessa terça-feira (16), na Câmara de Jaraguá do Sul, a vereadora Natália Lúcia Petry (MDB) lamentou a demora do Executivo Municipal na execução de projetos e obras. A parlamentar levou exemplos de como processos ficam constantemente travados na Prefeitura.
“Não estou generalizando, mas estou aqui dizendo que, infelizmente, os munícipes muitas vezes ficam à mercê, as entidades ficam à mercê, pela inércia, pela falta de comprometimento de alguns secretários, de alguns membros das suas equipes, que não têm aquele compromisso de ficar um minutinho a mais do seu expediente para dar conta das demandas represadas”, salientou Petry.
Atrasos na revitalização do Mercado Municipal
Um dos exemplos levados pela vereadora foi a revitalização do Mercado Municipal. Segundo ela, a obra teria que ter sido finalizada em março desse ano, mas teve sua entrega postergada diversas vezes, e ainda não está concluída.
A APEAFA, Associação dos Pequenos Agricultores Familiares e Artesanais de Jaraguá do Sul, que tinha um ponto de venda no Mercado Municipal, é uma das entidades prejudicadas por essa situação.
“Foi prometido para a APEAFA que a obra seria entregue em maio. [Eles] estão em imóvel locado ali atrás do terminal e pagam um valor bem significativo para quem arrecada de real em real a venda dos seus produtos e, muitas vezes, o que vende não paga o aluguel e todas as despesas que a APEAFA tem”, alertou Natália.
A obra, de acordo com a parlamentar, teve que passar por uma readequação de projeto, o que ocasionou o atraso, além de questões com a licitação da parte externa. Essa última intervenção incluiria a revitalização do centro histórico. O trecho inclui a região do antigo prédio da Câmara Municipal até a Biblioteca Pública Municipal Rui Barbosa, ao longo de boa parte da Avenida Getúlio Vargas.
Natália relatou que uma funcionária e a presidente da APEAFA a interpelaram com grande preocupação por conta dos altos valores de aluguel pagos pela associação no novo local. “Os combinados não se concretizam. Isso me traz uma insatisfação enorme (…) e a gente ver esta inércia. Na mensagem para o chefe de gabinete, eu escrevi: ‘Chega a ser patético’”, comentou.
A parlamentar informou que entrou em contato com os secretários e o prefeito municipal para que a regulamentação do mercado seja viabilizada, e também que uma moção de apelo sobre o assunto está sendo planejada.
Projetos habitacionais também são impactados
Em seguida, o presidente da casa, vereador Almeida (MDB), complementou a fala de Natália. O legislador apontou que a situação de morosidade também impacta projetos de habitação no município.
“Eu vejo, de forma muito produtiva, a sua fala, no sentido de esclarecer para a comunidade que lhe procura onde é que está parado”, pontuou Almeida, que também relatou que diversas reuniões são feitas com o Executivo para viabilizar a construção de novos conjuntos habitacionais; muitas vezes, sem efeito.
Ele levou números das unidades previstas à tribuna. “São 256 empreendimentos habitacionais via FAR e instituição privada. São 123 via FAR, parceria administração, são 43 via Casa Catarina e são 308 via FAR, Minha Casa, Minha Vida Cidades. No total, 735 unidades habitacionais”, listou.
Para o presidente do Legislativo, a lentidão prejudica famílias já afetadas pelo déficit habitacional e pelos valores de aluguel pagos no município.