O secretário municipal de Saúde e ex-vereador Ademar Possamai esteve na Câmara ontem, 12, para discorrer sobre a situação da saúde no município. O convite foi feito pelo vereador Jeferson de Oliveira. Possamai estava acompanhado de diretores da secretaria. Entre os dados apresentados, o secretário informou que no ano passado foram ofertadas 160 mil consultas, das quais 154 mil agendadas e outras cerca de seis mil encaixadas sem pré-agendamento diante da urgência dos casos. Além disto, foram registradas 25157 faltas de pessoas às consultas. “Ao mesmo tempo em que as pessoas reclamam da demora da consulta, elas não comparecem”, disse, pedindo a comunidade que compareça no horário agendado.
Segundo Possamai, 40% da população da cidade á atendida por planos de saúde particular, enquanto que os 60% restantes, cerca de 100 mil pessoas, são usuários do SUS – Sistema Único de Saúde. Ao todo, o município dispõe de 24 unidades de atendimento. “Estamos em fase de conclusão de cinco postos”, contou, além de uma unidade entregue no fim de 2012. Com relação ao ESF – Estratégia Saúde da Família, são 15 unidades, das quais 12 contam com atendimento em saúde bucal. Do total, três unidades estão sem médicos. A solução paliativa, informou o secretário, é a relocação de profissionais de outras unidades, por algum período. Além disto, 14 unidades atendem pediatria.
Uma das novidades apontadas é a construção a UPA (Unidade de Pronto-Atendimento), além de outras duas novas unidades de saúde, nos bairros Jaraguá 84 e Vieiras. “Ainda não saiu a portaria, mas a UPA já está garantida para Jaraguá do Sul, o que vai desafogar bastante o atendimento no pronto-socorro. As pessoas procuram o PS porque sabem que mesmo que demore vai ser atendido no dia”, afirmou Possamai.
O secretário também manifestou intenção de vir a Câmara apresentar o projeto da UPA, pois entende ser o Legislativo o melhor local para divulgar a informação à comunidade. “Quando era vereador, criticava quando apresentavam os projetos primeiro para fora”, comentou.
Com relação ao salário dos médicos, Possamai disse que está sendo feito um estudo de impacto financeiro, devido a limitação orçamentária da secretaria, que teve sua receita diminuída em mais de R$ 5 milhões. “Há 12 anos tínhamos 112 médicos. Hoje tem 320 e a população não triplicou neste período. Temos profissionais, o que precisamos é atraí-los a prestarem serviço pelo SUS”, pontuou. O secretário respondeu a inúmeros outros questionamentos dos vereadores.
