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Câmara aprova apelo por terreno para construção de Escola Militar

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Moção gerou discussões sobre recursos para projeto em Jaraguá do Sul

 

Na sessão desta quinta-feira (20), a Câmara Municipal de Jaraguá do Sul aprovou uma moção de apelo para a viabilização da doação de um terreno destinado à construção de uma escola militar no município. A proposta foi idealizada pelo vereador Professor Fernando Alflen (PL) e contou com a assinatura de todos os demais parlamentares.

A iniciativa leva em consideração o histórico de desenvolvimento de Jaraguá do Sul, pautado em disciplina, ordem e trabalho, valores que coincidem com os princípios das escolas militares. Segundo os autores, o município tem se destacado no crescimento econômico e social, sendo referência em qualidade de vida e segurança.

Conforme a moção aprovada, a cidade apresenta índices positivos em segurança e geração de empregos, sendo um polo industrial relevante para Santa Catarina. A demanda por um ensino baseado na disciplina e civismo tem crescido, tornando a implantação de uma escola militar um desejo da população local.

A moção destaca que a melhor localização para a escola seria a região central da cidade, considerando a infraestrutura existente, a acessibilidade e a proximidade com áreas residenciais e centros urbanos.

Entre os principais benefícios elencados pela moção estão:

  • Melhoria na qualidade da educação com ensino estruturado e disciplinado;
  • Formação de jovens comprometidos com valores éticos e cívicos;
  • Redução da evasão escolar e aumento do desempenho acadêmico;
  • Maior integração entre escola, família e sociedade;
  • Fortalecimento dos laços entre educação e segurança pública;
  • Criação de novas oportunidades para estudantes e profissionais da educação.

 

O assunto foi debatido pelos parlamentares durante a discussão da moção. Presidente da Casa, o vereador Almeida (MDB) relatou que esteve em uma reunião com o prefeito Jair Franzner, a vereadora Professora Natália Lúcia Petry (MDB) e o deputado estadual Antídio Lunelli e Leopoldo Diehl Filho, secretário regional da educação, para discutir a importância da escola militar. “Nós não podemos ter um cenário que cobre a cabeça e descobre os pés”, declarou. Para ele, a concretização da escola militar não pode ocasionar falta de vagas em outras unidades de ensino com as quais se compartilha o mesmo espaço, e o Executivo e o Legislativo devem se unir para não perder a escola militar no município. Segundo o parlamentar, as discussões têm sido feitas em conjunto com o 12º Comando Regional e o 14º Batalhão de Polícia Militar de Santa Catarina, em Jaraguá do Sul.

O presidente também ressaltou que o deputado Antídio Lunelli se dispôs a realizar repasses orçamentários para a construção da escola.

Um dos autores do documento, o vereador Professor Fernando Alflen (PL) justificou que um dos motivos pelos quais a moção foi redigida foi evitar as situações que ocorreram em 2024 com a E.E.M. Professor Darci Franke Welk, que compartilha o espaço com a escola militar. Ele também explicou as diferenças entre as modalidades que existem para o oferecimento do modelo de ensino. “É um pouco diferente da cívico-militar. A cívico-militar é em conjunto, a rede municipal e estadual pode ter uma escola cívico-militar, onde a parte pedagógica fica por questão realmente da rede, e a parte administrativa fica para os militares. E a escola militar [administração e pedagogia] é somente para os militares mesmo”, frisou. Ele também acentuou que a construção é um auxílio ao oferecimento de vagas escolares no município.

A explicação sobre a destinação de vagas também foi comentada, em seguida, pelo vereador Charles Salvador (PSDB). “Alguns pensam que é exclusivamente para filhos da Polícia Militar. Mas ela vai ajudar toda nossa comunidade”, destacou. Os parlamentares declararam que atualmente sete crianças são filhos de militares na atual unidade escolar militar de Jaraguá do Sul, e que o regramento ressalta que 50% das vagas sejam destinadas a filhos de militares, e outros 50% a demais crianças. Se a primeira porcentagem não for preenchida, as vagas remanescentes podem ser destinadas a outros estudantes da cidade.

A moção foi enviada à Prefeitura de Jaraguá do Sul e ao Governo do Estado de Santa Catarina para que analisem a viabilidade da doação do terreno necessário para a concretização desse projeto.

Foto: Inauguração da Escola Militar Feliciano Nunes Pires em Jaraguá do Sul, em fevereiro de 2024. Divulgação: Prefeitura Municipal de Jaraguá do Sul

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