Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Câmara destaca exposição que resgata a história de resistência e a presença negra em Jaraguá do Sul

COMPARTILHE

A Câmara Municipal de Jaraguá do Sul, em seu compromisso como Casa do Povo de valorizar a memória e a pluralidade local, destaca que segue aberta até o dia 18 de dezembro a exposição que homenageia a luta da população negra no município. Sediada no Museu Histórico Emílio da Silva, a mostra é vista pelo Legislativo como uma oportunidade essencial para o exercício da cidadania, convidando a comunidade a refletir sobre a resistência e as contribuições fundamentais dos negros na construção da nossa história.

A professora e chefe do Museu, Ivana Cavalcanti, consolidou no calendário anual de exposições temporárias uma mostra dedicada à Consciência Negra, com o objetivo de estimular a reflexão e provocar mudanças sociais. A iniciativa começou em 2005 com a exposição “Homenagem a Zumbi dos Palmares”, que resgatava a história dos negros em âmbito nacional e regional. Neste ano, a exposição “A Presença Negra em Jaraguá do Sul: Invisibilidade e Resistência” celebra duas décadas desse trabalho contínuo e reafirma o compromisso da instituição em apresentar todas as narrativas que compõem Jaraguá do Sul.

Em entrevista à TV Câmara, Ivana Cavalcanti destacou a magnitude deste marco temporal e o papel educativo da instituição.

“Essa exposição é extremamente importante porque ela faz um resgate, na verdade, de 20 anos. É um momento de celebrar. Mas, ao mesmo tempo que a gente celebra, a gente para para refletir”, afirmou Ivana.

Ela reforçou ainda a necessidade de reconhecer a história local para além do senso comum:

“A temática não poderia ser outra a não ser trabalhar a presença negra em Jaraguá do Sul, a questão da invisibilidade, da resistência e trabalhar a narrativa de que Jaraguá do Sul também teve a contribuição, e tem a contribuição, dos negros. Não foram só a colonização europeia”, pontuou a chefe do museu.

Com a curadoria do museólogo Gustavo Felix Voltolini, a exposição é um convite à reflexão e um chamado para que cada visitante observe a cidade por outras lentes. Gustavo explicou que o projeto, fruto de uma parceria com o Arquivo Público e de intensa pesquisa, foi dividido em dois momentos cruciais para o entendimento histórico.

“Dessa vez, a gente resolveu trabalhar justamente com essa questão de invisibilidade e resistência, para mostrar que em Jaraguá do Sul, antes de ser uma cidade e durante a construção da cidade até hoje, a contribuição negra foi muito importante”, explicou o museólogo.

Gustavo detalhou o conceito por trás da montagem, que busca equilibrar a denúncia do apagamento histórico com a celebração da permanência:

“Trouxemos a invisibilidade, que são essas histórias que foram fundamentais para a criação do município […] mas que muitas vezes são apagadas. E a gente também trouxe o paralelo da resistência. Que por mais que há esses movimentos, há legislações que atrapalharam o desenvolvimento da comunidade negra, ainda assim esse movimento de permanecer, de ficar, trouxe frutos”, completou.

Acessar o conteúdo