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Oficina “Masculinidades” para combater a violência contra a mulher 

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Na sessão desta quinta-feira (19) na sessão da Câmara Municipal de Jaraguá do Sul, uma indicação apresentada pelas vereadoras Sirley Maria Schappo (Novo) e Nina Santin Camello (PP) foi aprovada por unanimidade. Nela, elas solicitam ao Poder Executivo Municipal, por meio da Secretaria de Assistência Social, a implantação da oficina “Masculinidades” nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) existentes no município, seguindo o exemplo da oficina já implementada no CRAS do bairro Ribeirão Cavalo.

Segundo elas, a proposta tem como principal objetivo a redução da violência contra a mulher, buscando promover debates sobre o papel do homem na sociedade contemporânea e propondo uma desconstrução de condutas associadas à masculinidade tóxica. A ideia foi elaborada pela Comissão de Combate à Violência contra a Mulher, criada a partir de uma audiência pública que abordou o mesmo tema.

Para as parlamentares, a necessidade de sensibilização dos homens é evidenciada pelos alarmantes dados coletados a partir dos registros e atendimentos das Delegacias de Jaraguá do Sul. Conforme elas, no ano de 2022, foram registrados 979 casos de violência contra a mulher e, em 2023, até a presente data, esse número já alcançou a marca de 1.127 casos.

Nina e Sirley ressaltam que a implantação da oficina Masculinidades visa prevenir a repetição desses números alarmantes, abordando a sensibilização de potenciais agressores, já que a construção tradicional da masculinidade muitas vezes contribui para a perpetuação de desigualdades de gênero. A oficina proposta estimula a reflexão sobre os papéis masculinos, promovendo uma visão mais equitativa de gênero e contribuindo para a construção de uma sociedade menos desigual.

As vereadoras explicam que, ao desafiar noções distorcidas de masculinidade, como a ideia de que homens devem ser dominadores e agressivos, a oficina visa prevenir comportamentos violentos tanto no ambiente doméstico quanto na comunidade em geral. Além disso, afirmam que a masculinidade tóxica muitas vezes inibe a expressão de emoções e a busca por ajuda em questões de saúde mental. Por isso, a oficina cria um ambiente seguro e solidário, encorajando os homens a discutir suas preocupações e reduzindo o estigma em torno da saúde mental masculina.

A indicação aprovada foi enviada ao Executivo jaraguaense para ciência do pedido.