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Pós-tratamento a moradores de rua é pauta da Palavra Livre na Câmara de Jaraguá do Sul

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Durante a Palavra Livre da sessão dessa terça-feira (09), o vereador Cani (PL) expressou preocupação em relação à situação da assistência social de Jaraguá do Sul. No Plenário, ele exibiu o vídeo de um morador de rua no centro do munícipio que relatava que já havia passado por tratamento, mas que não teve encaminhamento após sua acolhida.

O assunto tem sido pauta constante no Plenário Victor Bauer, em especial, depois da votação de um projeto de lei que cria o Endereço Social na cidade. O tema também será discutido em uma audiência pública que tratará sobre a assistência social no município.

“Estive em contato com o social e eles propuseram ir atrás dele”, relatou Cani, ao comentar a situação do morador de rua. Ele sublinhou a necessidade de ações que estendam auxílio a essas pessoas que, muitas vezes, não têm a quem recorrer.

“Dentre esses, existem muitos que já desistiram deles. E alguns até mesmo que seus familiares desistiram deles. E alguns que talvez tenham uma história do passado até bonita, mas que hoje se tornou uma história terrivelmente feia. Mas nós (…) não podemos desistir dessas pessoas”, declarou o parlamentar.

Casa de encaminhamento

Ele sustentou que, apesar da existência de diversos centros de acolhimento e tratamento na cidade, muitas pessoas não têm um local que possa encaminhá-los para uma vida digna na sociedade; o que as torna vulneráveis ao retorno à rua.

“Seria interessante que o Poder Público desenvolvesse um projeto para recolher essas pessoas para dar andamento depois, um recomeço. Talvez uma casa para dar esse início, sem estar na casa de recuperação”, explicou o parlamentar ao comentar o pós-tratamento sugerido.

Por isso, Cani informou que redigirá uma moção para a criação de uma casa que realize esse trabalho, em especial, no auxílio a pessoas com dependência química.

Respostas ao assunto

O vereador Osmair Gadotti (MDB) parabenizou Cani pela fala, e sublinhou que também é papel do Poder Público que essas pessoas consigam auxílio, ao relembrar que muitos centros de tratamento acabam desistindo do tratamento de algumas pessoas. “É uma realidade dentro de Jaraguá do Sul (…) O que nós devemos fazer – eles desistem às vezes – mas nós não podemos desistir deles”, afirmou.

Já o vereador Delegado Mioto (União) reforçou que uma lei que regulamenta a internação humanizada, aprovada na Câmara no ano passado, prevê a criação de uma comissão intersetorial para tratar sobre o tema. “Uma das pessoas que fazem parte seria a Gerência de Trabalho e Renda, que está dentro da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação. Justamente, para que, depois, ela tenha um encaminhamento profissional”, destacou o parlamentar.

Por fim, Cani sugeriu que o Poder Público analise a sugestão de apoio a instituições religiosas que prestam apoio ao acolhimento de pessoas em situação de rua que precisam de acolhimento e tratamento.

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