Durante a sessão dessa terça-feira (25), a vereadora Sirley Schappo (Novo) fez um alerta sobre os números da violência contra a mulher em Santa Catarina. Ela comentou dados recentes durante o seu tempo na palavra livre dos trabalhos da Câmara de Jaraguá do Sul, que aconteceram excepcionalmente na E.E.B. Holando Marcellino Gonçalves, no bairro Ilha da Figueira.
Schappo, que é membro da Procuradoria da Mulher, comemorou a inauguração da Casa Izabel, estrutura que realizará o acolhimento de até 24 mulheres vítimas de violência na região. A vereadora apontou para os esforços coordenados do Poder Público com a sociedade civil para oferecer amparo a pessoas em situação de vulnerabilidade ou violência.
“Quando alguma ação da Câmara de Vereadores consegue ter êxito, mesmo que demore anos, porque foi um pedido lá de 2021, que agora em 2025 finalmente se concretiza”, afirmou.
Ela recordou o caso de Catarina Kasten, mulher de 31 anos asfixiada em uma trilha de Florianópolis (SC), vítima de feminicídio e agressão sexual. A notícia teve ampla repercussão na imprensa do país, somando-se a 46 feminicídios que aconteceram no estado em 2025. Desses assassinatos, um aconteceu em Jaraguá do Sul, que vitimou Inara Karina Tribess em maio desse ano.
“Infelizmente no Brasil, a cada 6 horas, nós temos uma mulher sendo assassinada pelo simples fato de ser mulher; porque ela resolveu dizer não para o companheiro; porque ela resolveu fazer uma caminhada e estava sozinha”, comentou Schappo.
A parlamentar ressaltou que a defesa dos direitos das mulheres não deve ser palco de disputas ideológicas, mas uma pauta de todos os espectros políticos. “O feminicídio não tem lado, ele só tem alvo: a mulher. Então é uma luta de todos, de todos”, salientou.
Ela reforçou a importância do 25 de novembro, Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher, e da educação para a criação de uma cultura de respeito. “Está na hora de todos, homens e mulheres, educarem bem suas meninas e seus meninos para que nenhum homem considere a mulher posse, bicho, objeto. Porque nenhuma mulher é nada disso. Cada uma de nós é um ser único e merece respeito”, frisou. Ela expressou esperanças para que os dados da violência contra a mulher em Santa Catarina no ano que vem sejam reduzidos.