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Vereadores debatem atestados médicos e falta de profissionais na rede pública de Saúde

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Na sessão desta quinta-feira (30) na Câmara Municipal de Jaraguá do Sul, os vereadores Rodrigo Livramento (Novo) e Almeida (MDB) usaram a palavra livre para tratar de problemas na área da saúde. O debate girou em torno do aumento no número de atestados médicos e da falta de profissionais nas unidades de atendimento do município.

O vereador Rodrigo Livramento afirmou que Jaraguá do Sul vive uma “epidemia de atestados”, especialmente nas segundas-feiras pela manhã. Segundo ele, o movimento nos postos de saúde nesse período seria anormal e indicaria o uso indevido do sistema público para justificar faltas no trabalho.

“Existe um elefante embaixo do tapete aqui em Jaraguá do Sul, especialmente quando a gente fala de UBSs e pronto atendimentos. Eu tô falando dos atestados. […] Infelizmente nós vivemos uma epidemia de atestados.”

Livramento defendeu que a Prefeitura e o Conselho Regional de Medicina adotem medidas semelhantes às de outras cidades para combater o problema. Ele sugeriu campanhas educativas e a emissão apenas de declarações de comparecimento quando o afastamento não for necessário.

“Nós precisamos de uma postura firme para dar um basta nessa vagabundagem de trabalhadores que se dizem trabalhadores, mas semana sim, semana não, estão lá sofrendo da epidemia de falta de vontade de trabalhar. […] Jaraguá do Sul é uma cidade de gente trabalhadora e não merece essa epidemia de atestado.”

Já o vereador Almeida (MDB) concordou parcialmente com o colega, reconhecendo que há pessoas que se aproveitam do sistema, mas destacou que muitas sequer conseguem atendimento por falta de médicos nas unidades. Ele afirmou que o problema da saúde pública é mais amplo e envolve demora em exames, cirurgias e superlotação nos hospitais.

“Eu acredito que muitas dessas pessoas nem o atestado conseguem pegar, porque muitas das vezes não tem médico lá no posto de saúde para atender. […] A pessoa fica meses esperando uma ultrassonografia, e quando o problema agrava, acaba ocupando leitos do hospital por falta de atendimento na ponta.”

Almeida também criticou a Secretaria de Saúde, dizendo que parte da gestão precisa se aproximar da realidade das unidades básicas.

“Tá na hora de alguns se desencastelarem, colocarem a sandália da humildade e ir para as unidades de saúde, conversar com a atendente, com o profissional que tá lá na ponta, com a tiazinha que faz a limpeza. […] Ao invés de criar cargos, é preciso ampliar a capacidade de atendimento médico e clínico”, concluiu.

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