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Zoneamento escolar volta ao debate na Câmara Municipal

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A discussão sobre a falta de flexibilidade no zoneamento escolar retornou ao centro do Plenário Victor Bauer na sessão dessa quinta-feira (6), que aconteceu excepcionalmente pela manhã. O assunto foi levado pela vereadora Sirley Schappo (Novo), que repercutiu os relatos feitos pelos munícipes e recebidos pelos parlamentares após aprovação de moção na sessão do dia 4 sobre o mesmo tema.

Na tribuna, ela expressou preocupação pela situação da E.M.E.B. Albano Kanzler, no bairro Nova Brasília, que, segundo a vereadora, possui duas salas de aula vazias e três salas com aulas em meio período. A unidade recebeu R$ 7 milhões destinados para a reforma em sua estrutura na legislatura passada, mas contrasta com a superlotação de outras escolas, como a E.E.B. Julius Karsten, no bairro Rau.

“Aí eu fico me perguntando que logística de zoneamento escolar é essa que faz com que só quem resida próximo à escola, em determinadas ruas, possa matricular na Albano Kanzler e que salas de aula numa região tão importante da cidade fiquem vazias”, questionou.

Schappo recordou a época em que a regra permitia que o zoneamento levasse em conta o local de trabalho dos pais, além de permitir que os profissionais de educação matriculassem seus filhos nas mesmas unidades de ensino em que trabalham. Ela lamentou que a legislação tenha sido alterada em uma medida que considerou como injusta, situação que prejudica diversos profissionais da rede de educação da cidade.

A parlamentar também acentuou que muitos pais têm dificuldade para buscarem seus filhos nos 15 minutos posteriores ao término das aulas, o que faz com que funcionários das escolas tenham que permanecer nas unidades com os alunos por períodos prolongados de tempo.

Além disso, Schappo expressou frustração pela frequência com que as pautas são levadas ao Plenário, sem que mudanças significativas ocorram. “Sinceramente, sinto até vergonha. Vergonha por nós do Legislativo, que estamos há tantos anos falando nesse mesmo assunto, quatro anos da legislatura passada, e agora começa o ano e tudo isso de novo”, afirmou.

A vereadora Professor Natália Lúcia Petry (MDB) pediu uma ação mais enérgica do Legislativo para a discussão do problema junto ao Executivo.

“Sugiro chamar a secretária de Educação para que venha a esta tribuna explicar quais as razões pelas quais a Secretaria de Educação resiste tanto em implementar a logística familiar”, propôs a parlamentar. Natália ainda justificou a necessidade. “Ninguém está dizendo que não é para seguir o zoneamento. O zoneamento é a primeira ação a ser tomada para organizar também o sistema. Mas nós sabemos que não é uma ciência exata, né?”, questionou.

Petry também reforçou que recebe muitas ligações e relatos semelhantes em seu gabinete, e que a revisão das regras pela Prefeitura poderá trazer benefícios para a comunidade municipal.

O presidente do Legislativo, vereador Almeida (MDB), afirmou que realizará na sessão da próxima terça (11) um requerimento que solicita a presença da secretária municipal de educação, Iraci Müller, para prestar os esclarecimentos sobre as atuais regras de zoneamento no âmbito municipal. Em momento posterior, representantes da educação estadual também poderão ser chamados ao Plenário Victor Bauer.

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