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ZÉ DA FARMÁCIA REBATE E-MAIL DE MORADOR DO RIO MOLHA

[b]Vereador da base governista não concorda com versão de que o poder público abandonou os moradores à própria sorte E-mail com pedido de "socorro" foi lido pelo vereador Francisco Alves, que pediu uma alternativa para a comunidade[/b]

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[img align=left]https://www.jaraguadosul.sc.leg.br/uploads/thumbs/c8d77534-b083-7a11.jpg[/img]

O vereador José Osorio de Avila (DEM), conhecido como Zé da Farmácia, não gostou nada do conteúdo de um e-mail enviado pelo representante comercial e morador do bairro Rio Molha, Adelar Getelina, em que o mesmo pede socorro em nome dos cerca de 2.500 moradores da comunidade. Segundo Getelina, diante do fechamento do trânsito em determinadas horas do dia para que a área vítima de deslizamento seja recuperada, “estão tirando o direito do cidadão brasileiro de ir e vir”.
No e-mail, o morador citou reuniões com Prefeitura, Defesa Civil, vereadores, Deinfra e empreiteira responsável pela obra de recuperação dos deslizamentos sofridos no bairro no final do ano passado, em que, em sua concepção, eram definidas ações que não eram colocadas em prática.
“No Rio Molha tem uma barreira que caiu em 11 de agosto, ficamos sem luz e água por quatro dias e trancados seis dias e agora estamos há 40 dias trancados. Por falta de interesse pelo povo, porque eles só fizeram projeto para a barreira (barro), não levaram em conta os moradores e sim só valores materiais como lucro”, acusa o morador.
Apesar de todos os argumentos dos técnicos, operários e engenheiros que tocam a obra de que o fechamento deste que é o único acesso ao bairro é necessário porque a obra de recuperação daquela área é extremamente complexa e a abertura ao trânsito colocaria em risco a vida dos próprios moradores, Getelina defende que “com tantas máquinas modernas a empreiteira poderia fazer muita coisa diferente para não haver tantos problemas”.
O e-mail foi lido no início da sessão da Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul da última quinta-feira pelo vereador Francisco Valdecir Alves (PT). O vereador, que presidiu a Comissão Especial da Reconstrução e tem acompanhado seguidamente as obras de recuperação em algumas áreas de risco, disse que ficou triste em verificar a situação do Molha e pediu que fosse criada uma alternativa para aquela população, que tem naquela via trancada o único acesso, já que o outro, por Massaranduba, estende o percurso em mais de 40 km.
O próprio Francisco foi um dos primeiros a sugerir que se colocasse uma ponte móvel ou fosse contratada uma ponte do Exército para a comunidade, alternativa que acabou descartada.
“Não queria criticar quem leu o e-mail, mas o conteúdo do e-mail. Quero dizer que a afirmação de que ninguém faz nada não é verdadeira”, reforçou José Osorio. Ele disse que sabe que ninguém queria estar no lugar dos moradores do Rio Molha, mas lembrou que Adelar foi uma pessoa que sempre acompanhou as reuniões de perto, mas que em alguns momentos deu declarações inconvenientes, que chegaram a ser censuradas.
Segundo o vereador, as críticas e a tensão provocadas pelas revoltas de determinados moradores chegaram a fazer com que a empresa que está realizando a obra ficasse tão indignada a ponto que querer abandonar o serviço, mas foi pedido para que a mesma não fizesse isso.
“A PM cooperou e deu a assistência pedida pela Prefeitura. Também há envolvimento do Conseg, associação e Defesa Civil e até a empresa Canarinho colaborou ao fazer o baldeamento dos ônibus. Fomos bem atendidos por todos estes orgãos. Mas precisamos lembrar dos impedimentos também, como a impossibilidade de fazer ponte que desse aceso rápido, porque um dos moradores, dentro de seu direito de propriedade, não permitiu que a mesma passasse pela sua propriedade. A culpa não é da prefeita nem do poder público”, salientou o vereador José Osorio, que colocou um de seus assessores acompanhando a situação em tempo integral.
“Sempre defendi o que é verdadeiro. Não é justo que se acuse a prefeita. Foi dada atenção, mas é obra grande e ninguém entende que choveu o tempo todo”, desabafou.
O vereador Francisco reiterou que sua iniciativa de ler o e-mail do morador na tribuna foi uma forma de dar voz à população, que acaba sendo sufocada. Ele voltou a lamentar a falta de uma alternativa como a ponte móvel. “Mas eu, como legislador, não leria uma matéria maldosa nesta tribuna”, rebateu José Osorio.
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[b]JAIME SUGERE QUE BARRO RETIRADO DO MOLHA VIRE CICLOFAIXA[/b]

Na mesma sessão de quinta-feira, o vereador Jaime Negherbon (PMDB) informou que pretende agendar para segunda-feira uma reunião com o secretário de Desenvolvimento Regional, Lio Tironi, para sugerir ao mesmo um destino mais adequado ao barro que está sendo retirado da barreira do Rio Molha e da rua Wolfgang Weege.
Jaime pretende apresentar como alternativa a colocação de todo este material às margens da rodovia SC-416, no trecho compreendido entre a Malwee e o Alto da Serra, para que, futuramente, seja construída uma ciclofaixa para dar segurança aos ciclistas e pedestres.
O vereador lembrou que a falta de acostamento é uma das maiores preocupações dos moradores da região, onde várias vítimas foram registradas. Sem falar que há grande número de indústrias em processo de expansão. “O barro está aí, de graça. É só colocar e depois passar um rolo e teríamos a esperada recuperação das margens daquela rodovia”, finalizou.

Jornalista responsável: Rosana Ritta – Registro profissional: SC 491/JP