Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Assembleia da Avevi sobre comunicação pública

COMPARTILHE

“Comunicação não é o que você diz, mas o que o outro entende”. Com frases como esta, o professor do ICPG (Instituto Catarinense de Pós-Graduação), Luis Augusto Zillmer Cardoso levou aos vereadores dicas e informações a respeito da Comunicação Pública.

Este foi o tema principal da primeira assembleia geral deste ano da Avevi (Associação dos Vereadores do Vale do Itapocu), promovida no último sábado, 26, na Câmara de Vereadores de São João do Itaperiú. O evento reuniu vereadores dos sete municípios abrangidos pela Amvali (Associação dos Municípios do Vale do Itapocu) e profissionais da imprensa da região. O prefeito anfitrião, Valdir Correa, também esteve presente.

Especialista em Gestão Estratégica de Marketing, Luis Cardoso relatou que a comunicação pública costuma ser frágil, pela própria fragilidade da estrutura administrativa no Brasil. “Além do que, a população identifica o Estado com um perfil bastante burocrático, de certa forma incompetente”, colocou o professor, citando fatores que dificultam a comunicação pública como o fisiologismo partidário, o clientelismo e o compadrismo.

Segundo ele, a própria imagem em relação ao Poder Legislativo acaba contribuindo para esta situação, prevalecendo a informação negativa. A dependência do Poder Executivo foi outro fator elencado pelo profissional, para quem o Legislativo muitas vezes é tido como mero validador de atos do Executivo. “Não se pode mensurar o trabalho legislativo pela produção de leis. Na Suíça se aprova seis leis por ano. A mídia se preocupa muito com a quantidade e não a qualidade, e acaba por criar a imagem de que é um poder que não trabalha, que está mais para as coisas ruins do que para as boas”, disse.

Para Cardoso, é importante ter pessoas com formação e capacidade, no sentido até de orientar os vereadores para que se atentem à imagem e ao discurso. Comentou que, equivocamente, as pessoas são colocadas acima dos fatos, o que classificou de “fulanização comunicativa”. “O fato é que é notícia. O agente é o elemento reforçador do fato. Tem que procurar mostrar o que muda na vida das pessoas”, reforçou.

O professor também comentou que, por restrições de ordem orçamentária, a comunicação pública depende do que é transmitido pelos veículos externos, daí a importância de saber se relacionar com a mídia. “O jornalista busca traduzir o que está escrito em linguagem acessível a todos. É isso que devemos fazer. Para ser notícia, o conteúdo deve se referir a algo que altere ou explique a realidade das pessoas”, sugeriu.

Luis Cardoso também destacou a importância do uso de ferramentas como as redes sociais e deu dicas para conquistar os jornalistas. O segundo palestrante foi o professor de Direito da Uniasselvi/Fameg, Frediani Bartel, que discorreu sobre as formas legais de dar publicidade aos atos do Legislativo. Na sequência, os vereadores seguiram para as festividades em comemoração aos 19 anos de emancipação política e administrativa de São João do Itaperiú.