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Câmara aprova projeto para construção de unidades de saúde

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vereador Ademar Possamai (DEM)
vereador Ademar Possamai (DEM)

Em votação única, os vereadores aprovaram abertura de crédito no valor de R$ 600 mil no orçamento para a construção de unidades de saúde no município, dentro do programa ESF (Estratégia Saúde da Família). Os recursos são provenientes do governo federal, através do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento).

O líder de governo, Ademar Possamai, disse que o secretário de Saúde, Francisco Garcia, está ciente dos problemas em relação à falta de médicos nos postos. E que, inclusive, o começo deste ano a Câmara aprovou uma alteração na estrutura de pagamentos para profissionais contratados para o programa. “Autorizamos que a Prefeitura remunere os médicos além do salário contratual, via governo federal. Instituímos uma gratificação, que sai dos cofres do município, justamente para atrair esta mão-de-obra tão importante”, informou Possamai.

Antes dele, o vereador Francisco Alves comentou na tribuna sobre notícia veiculada no jornal O Correio do Povo, dando conta de que o município poderá perder verbas federais para a saúde devido à ausência de médicos nos postos.

Falta de médicos pode virar tema de audiência pública

vereadora Natália Lúcia Petry (PSB)
vereadora Natália Lúcia Petry (PSB)

O assunto da falta de médicos voltou à tribuna em um segundo momento, quando a vereadora Natália Lúcia Petry manifestou-se acerca de indicação aprovada pelo plenário, solicitando a adequação do salário dos médicos efetivos do município de acordo com os valores praticados no mercado.

Assinada por ela e também pelos vereadores Afonso Piazera Neto, Francisco Alves, Jaime Negherbon, Jean Leutprecht, Justino da Luz e Lorival Demathê a indicação pede, também, que se intensifique a fiscalização do cumprimento da carga horária dos médicos, além de que sejam tomadas providências para a contratação de mais profissionais, de modo a atender a demanda.

A vereadora lembrou que, em reunião no mês passado com os diretores dos corpos clínicos dos hospitais, os mesmos apontaram como razão pela não permanência de profissionais na rede pública municipal os salários praticados, que estariam abaixo do valor de mercado. “Todos nós sabemos quanto custa para se formar. E na área da medicina o investimento é ainda maior. São sete, oito anos para se formar, e não é possível que o médico tenha obrigatoriedade de dar atendimento exclusivo ao serviço público com um salário de R$ 7 mil. Parece muito dinheiro, mas não é o que os médicos reivindicam”, afirmou.

Natália lembrou que, como encaminhamento, uma segunda reunião será feita, na qual o secretário de saúde apresentaria uma posição. Ela pediu que o estudo seja concluído no prazo de um mês. “Não havendo um retorno concreto por parte da administração pública, estaremos propondo no segundo semestre uma audiência pública. Já passou da hora de se tomar uma atitude. Medidas paliativas a comunidade está cansada, e nós vereadores não sabemos mais o que dizer em relação a falta de médicos. Somos cobrados, mas o vereador não tem competência de contratar médicos”, disse.

O vereador Jean Leutprecht endossou as palavras de Natália, lembrando que a ação efetiva cabe à Prefeitura. “O que cabe a nós são indicações, leis autorizativas, modificativas. Já os médicos se colocaram a disposição para participar deste processo de forma democrática. Nós respaldamos esta indicação. Sabemos da dificuldade que nossa comunidade está tendo. O problema não é de hoje, mas se agrava a cada dia. E se não tomarmos uma ação prática, estaremos nos omitindo no processo”, declarou.