O vereador Arlindo Rincos voltou a demonstrar preocupação com os Bombeiros Voluntários de Jaraguá do Sul na sessão ordinária dessa terça-feira (02/06). Ele usou o espaço da Palavra Livre para comentar a reunião que ocorreu na ACIJIS com a finalidade de discutir a situação. Além do vereador, também participaram do encontro o prefeito Dieter Janssen, o deputado estadual Vicente Caropreso, o presidente da ACIJIS, Paulo Mattos, o presidente do Corpo de Bombeiros Voluntários de Jaraguá do Sul, Hermes Nissen e empresários da região.
Segundo Rincos, existe uma inquietação muito grande sobre o que pode acontecer com a corporação. “A permanência dos bombeiros voluntários em Jaraguá é uma decisão exclusivamente política”, garante. “Sabemos que depende exclusivamente do governador do Estado de Santa Catarina, Raimundo Colombo”, afirma. Ele explica que uma lei estadual votada no ano passado deu o poder para que bombeiros militares realizem as atividades que antes os bombeiros voluntários executavam no município.
O parlamentar destacou os 50 anos de atuação da entidade em Jaraguá do Sul e lamenta o risco de extinção por conta de um entrave político. “São 50 anos sem nenhuma situação que poderia denegrir a imagem da corporação”, assegura. Ele lembra que a corporação é construída por todos os setores da sociedade que auxilia com contribuições na conta de luz, mensalidades e participação nos eventos organizados pelos bombeiros. “Infelizmente não estamos vendo uma luz no fim do túnel”, lamenta.
Arlindo Rincos questionou as reais intenções dos bombeiros militares no município. “Será que eles vão querer apagar um incêndio? Vão querer salvar pessoas?”, indaga. “Creio que não. Eles estão interessados somente em arrecadar dinheiro”, dispara. O vereador considera que a situação pede mobilização dos vereadores junto aos deputados estaduais.
Jeferson de Oliveira questionou se existe realmente a possibilidade dos bombeiros voluntários deixarem de existir com a vinda dos militares. Rincos respondeu que durante a reunião, os empresários garantiram que se houver troca de corporação, deixarão de apoiar financeiramente a entidade. Para Oliveira, se existe a procura pelos bombeiros militares mesmo com a cobrança de taxas é porque algo precisa ser melhorado nos bombeiros voluntários. Arlindo Rincos rebate afirmando que tem certeza da competência dos voluntários. “Eles fazem este serviço com melhor qualidade e com custo menor para toda a sociedade”, afirma. “A legislação é a mesma para os dois, a diferença é política porque o governo do Estado quer arrecadar mais”, encerrou.
