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Secretária da Saúde participa de sessão

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Sessão Ordinária 028Atendendo convite do vereador Arlindo Rincos, a secretária municipal de Saúde, Cristiane Wille, participou da sessão plenária dessa quinta-feira (28). Ela discorreu sobre as atividades da pasta e as ações previstas para os próximos anos. Cristiane também esclareceu os questionamentos dos vereadores.

A secretária municipal relatou as principais ações desenvolvidas pela pasta de Saúde como o Programa de Oxigenoterapia, que atende portadores de enfermidades respiratórias. Segundo Cristiane, o programa é voltado aos portadores de DPOC (Enfisema pulmonar e bronquite crônica) e atende atualmente 25 usuários. O Programa de Ostomizados atende usuários com ostomas intestinais e urinários que necessitam de materiais e acompanhamento especializado. A iniciativa, conforme a secretária, atende hoje 25 pessoas.

Uma das maiores preocupações dos vereadores tem origem no serviço de curativos. Cristiane Wille explicou que o antigo SATE executava curativos com coberturas especiais e disponibilizava mensalmente insumos para curativos domiciliares realizados pelos próprios usuários. “Isso gerava um gasto muito grande de materiais e não fomentava o acompanhamento da evolução das lesões e feridas dos pacientes”, comenta. Ela explica que a partir de abril deste ano, o serviço foi descentralizado e repassado às Unidades de Saúde. “No mês de abril foram realizados em torno de 2.414 curativos”, contabiliza.

Segundo Cristiane, o serviço atende usuários em duas situações: curativos simples e curativos com coberturas especiais. Os curativos simples devem ser realizados na unidade e  materiais de curativo domiciliar só são entregues caso a unidade entenda que isso é necessário. “Quando o paciente tem dificuldade para se locomover, os curativos são programados na unidade em dias intercalados e há o fornecimento do material de curativos para os demais dias”, explica. Pacientes acamados que não são acompanhados pelo Serviço de Atenção Domiciliar, SAD, recebem visitas para avaliação da lesão, fornecimento do material necessário e acompanhamento semanal. O serviço de curativos especiais é acionado quando a Unidade de Saúde avalia a necessidade do paciente e solicita o parecer de uma equipe técnica que determina o material a ser utilizado e o fornece para que a realização dos curativos aconteça de acordo com a prescrição. “Atualmente são atendidos 59 usuários que geram um custo mensal variável entre R$51,22 à R$1.794,00, por pessoa”, afirma.

A secretária municipal de Saúde, Cristiane Wille, trouxe ainda informações sobre os insumos especiais entregues para 29 pacientes que realizam sondagem vesical intermitente, 30 pacientes que realizam alimentação parenteral e 60 usuários aproximadamente que necessitam de alimentação ou complemento alimentar adquiridos com recurso municipal. Entre os insumos estão sondas, gazes, luvas estéreis e de procedimento, seringas, soro fisiológico, anestésico local e degermante (Povidini).

O vereador Arlindo Rincos, proponente do convite, relata que em seu trabalho com pessoas com deficiências físicas é constantemente solicitado por auxílio. “Preocupa-me que os atendimentos do SAE estejam sendo reduzidos quando na verdade deveriam ser ampliados”, afirma. “Constantemente somos cobrados por pessoas que precisam de fisioterapia permanente, por exemplo”, lamenta. O vereador comentou a situação de aproximadamente 40 cadeirantes que recebiam os insumos nas Unidades de Saúde, mas que recentemente tiveram problemas para retirá-los. A secretária afirma que o SAD, pelos critérios do Ministério da Saúde, atende todas as condições. “Ele é para pessoas em estado crítico, para aliviar as internações hospitalares”, explica. “O programa nem pode ficar com muito mais pacientes do que está hoje porque precisa de um acompanhamento completo”, emenda. Segundo ela, os pacientes citados pelo vereador são aqueles que não se encaixam nos critérios, que estão acamados, mas não em estado tão grave. “Esses casos ficam a dispor das equipes das unidades de saúde”, afirma.  Cristiane pede que, caso estes atendimentos não estejam acontecendo, os pacientes devem procurar a ouvidoria da secretaria de Saúde. Quanto aos insumos específicos para cadeirantes, Cristiane conta que houve um problema em que o setor de licitações não teve tempo hábil de realizar o processo licitatório. “Ainda tínhamos insumos para distribuir, mas este estoque acabou em março. Não demos o que cada um precisava para que todos pudessem receber um pouco”, esclarece. “Três semanas depois as entregas já estabilizaram”, garante.

O vereador Jeferson de Oliveira falou sobre o setor de licitações da prefeitura. “Muita coisa ruim que acontece hoje na administração é responsabilidade de licitação”, afirma. Para ele, os próprios secretários deveriam fazer algo sobre o assunto. “A saúde não pode esperar, é prioridade”, declara. Ele questionou os números da fila para realização de ultrassons. “Hoje temos de 6 a 7 mil pessoas na fila pra fazer um ultrassom, o valor é baixo, porque não aplicar dinheiro pra agilizar a fila?”, indaga. A secretária explica que a fila não está mais com este número expressivo na espera. “Lançamos um edital de compra e tem duas empresas apresentando propostas”, conta. “Se tudo der certo conseguiremos eliminar esta fila logo”, espera.

Jocimar de Lima conta que visitou alguns Postos de Saúde e verificou alguns problemas. Ele questiona a atitude do antigo secretário que, supostamente, teria omitido as informações reais sobre a pasta. O líder de governo na Câmara, Pedro Garcia solicitou que sempre que possível, a secretária incentive mutirões de procedimentos como o de cataratas. “Sempre que existir a oportunidade esses mutirões devem ser incentivados”, pede.

A secretária de Saúde, Cristiane Wille, encerrou afirmando que a pasta está sempre a disposição dos vereadores e da população. “Nós tentamos fazer o máximo que podemos, temos que olhar para quem precisa”, conclui.