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COMISSÃO DA RECONSTRUÇÃO VOLTA ÀS ÁREAS DEGRADADAS

[b]Vereadores voltaram a alguns dos locais atingidos para conferir como está a recuperação No Jaraguazinho e na Feliciano Bortolini as áreas estão recuperadas Próxima obra deve iniciar na semana que vem, na estrada do Rio Molha[/b]

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[img align=left]https://www.jaraguadosul.sc.leg.br/uploads/thumbs/c8663d8c-82c3-6c6a.jpg[/img]

A Comissão Especial da Reconstrução da Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul iniciou na manhã desta quinta-feira uma nova rodada de visitas aos locais atingidos por deslizamentos depois das enxurradas do ano passado, com o objetivo de verificar o andamento das obras de recuperação. O presidente da comissão, vereador Francisco Alves (PT), e o relator, Justino Pereira da Luz (PT), estiveram em algumas das 14 áreas mapeadas na cidade pela Defesa Civil estadual e duas pela Prefeitura como prioritárias e que necessitavam de serviços de prevenção e recuperação emergenciais.
A intenção dos vereadores era repassar todos os locais entre quinta e sexta-feira, mas eles tiveram que suspender as visitas no início da tarde por dois motivos: a chuva que faz com que estes locais continuem representando perigo e a notícia recebida pelo vereador Justino de que uma sobrinha sua de 18 anos morreu em acidente automobilístico em Francisco Beltrão (PR). Bastante abalado, no início da tarde Justino se dirigiu para o município de Barracão (PR), sua terra natal, para acompanhar o velório da filha de sua irmã.
Os vereadores pretendem retomar as visitas assim que o tempo permitir, para que o relatório final da comissão que iniciou atividades em fevereiro possa ser concluído e apresentado. Também integram a Comissão da Reconstrução os vereadores Jaime Negherbon (PMDB) como vice-presidente e Natália Lúcia Petry (PSB) e Jean Leutprecht (PC do B) como membros.

[b] O QUE OS VEREADORES OBSERVARAM:[/b]

Na região do Alto São Pedro, no bairro Garibaldi, que ficou por dias isolada pela queda de nove barreiras na estrada e sem energia elétrica e telefonia, uma equipe de seis operários trabalha na lenta recuperação do local. A quantidade de terra retirada da estrada é grande, e na manhã desta quinta-feira, embaixo de chuva, uma máquina nova tentava abrir um caminho morro acima para trabalhar com mais segurança.
O morador Reno Sasse por pouco não teve sua casa atingida. Ontem, ele passava na estrada ainda escorregadia, e embora lamentasse a lentidão do trabalho e o mau tempo, estava mais tranquilo com a abertura do leito da rua.
No Jaraguazinho, região que não estava mapeada pela Defesa Civil, mas que a Prefeitura incluiu nas obras em função de ter havido um grande deslizamento obstruindo a estrada, a recuperação do morro de terra arenosa com os cortes chamados de talude – plano inclinado que limita um aterro, recortado em degraus para evitar deslizamentos – está concluída.
O morador Ari Tomaselli conta que apesar do medo nos dias em que os morros deslizavam em volta de seu terreno, não teve outra alternativa a não ser ficar em sua casa. Sua família é dona de uma grande área de terra no local, que ele não hesitaria em trocar por uma área menor em local seguro.
Também estão concluídos os taludes da rua Feliciano Bortolini e a drenagem dos terrenos em que moravam as famílias Franzner e Lescowicz, que foram dizimadas pelo deslizamento do morro na madrugada de 24 de novembro que matou nove pessoas moradoras da rua de baixo, a Angelo Rubini.
Na rua Adolfo Antônio, a Estrada Geral do Rio Molha, nas imediações das capelinhas 3 e 7, em que ainda há casas interditadas e o medo é constante dos moradores da região que tem apenas aquela estrada para acesso a suas casas, a expectativa é que a recuperação comece em uma semana.
Os vereadores encontraram no local os engenheiros civis Emerson Duarte e João Leme, ambos especialistas em contenção, que faziam uma avaliação da área. Emerson disse que o local exige a elaboração de um projeto específico e que o serviço requer cuidado redobrado, já que há casas na região e uma estrada de grande movimento e sem acostamento.
O engenheiro Emerson explicou que aquela área exige primeiro uma obra de contenção no alto, para evitar risco de novo deslizamento, para só então começar o recorte do morro em forma de taludes. Ele acredita que assim que o projeto de contenção for aprovado, a obra inicie. A perspectiva é que ela dure 60 dias e que neste período o trânsito fique em meia pista.

Jornalista responsável: Rosana R. Ritta – Registro profissional: SC 491/JP