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Jair Pedri fala sobre relatório da Unicef

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IMG_0413Na sessão de ontem, 09, o vereador Jair Pedri explanou sobre relatório da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) que aponta o Brasil como o sexto colocado entre os países do mundo com maior taxa de homicídios infanto-juvenis (de zero a 19 anos de idade).

O parlamentar enfatizou que o documento mostra que o país registrou 17 homicídios por 100 mil habitantes nessa faixa etária ficando atrás somente de El Salvador, Guatemala, Venezuela, Haiti e Lesoto.  Abaixo discurso do vereador na sessão.

“UNICEF APONTA BRASIL COMO SEXTO PAÍS EM HOMICÍDIOS INFANTO-JUVENIS”

Um relatório divulgado pela UNICEF na semana passada revelou que o Brasil ocupa o SEXTO LUGAR NO MUNDO em número de homicídios infanto-juvenis. O ranking foi elaborado a partir de dados coletados no ano de 2012 e teve como base os homicídios envolvendo crianças e adolescentes entre 0 e 19 anos de idade.

Números oficiais comprovam que o país registrou mais de 11 MIL MORTES nessa faixa etária EM 1 ANO, ficando atrás apenas de El Salvador, Guatemala, Venezuela, Haiti e Lesoto. Psicólogos sociais e especialistas em políticas públicas infanto-juvenis analisaram comparativamente o relatório da UNICEF e concluíram que as 3 principais causas destes altos índices são:

– o aumento das desigualdades sociais

– o fácil acesso às armas de fogo

– o alto consumo de drogas

Com todo respeito que tenho pelos especialistas, penso que qualquer cidadão brasileiro que fosse perguntado sobre esta questão, teria chegado à mesma conclusão, pois o grave problema da violência envolvendo crianças e adolescentes no país, está diariamente estampado na capa dos jornais, noticiado por todos os meios de comunicação, e habitualmente associado às classes economicamente carentes e ao consumo de entorpecentes.

Nossa realidade é assustadora! Parafraseando o advogado Ariel de Castro Alves, membro da Comissão da Criança e do Adolescente do Conselho Federal da OAB, afirmo, sem medo de errar: o número de jovens mortos no Brasil atualmente supera, com facilidade, o número de ocorrências registradas por países em situação de guerra.

O menor brasileiro está hoje inserido em uma sociedade que conquistou, no último século, significativo crescimento econômico, industrial e urbano, mas que por outro lado, sofre as consequências do agravamento das crises sociais, da proliferação das favelas e da profissionalização do crime.

A enxurrada de políticas públicas e movimentos sociais surgidos no Brasil com o advento do Estatuto da Criança e do Adolescente trouxe importantes melhorias ao sistema de garantias e proteção dos direitos infanto-juvenis, especialmente com a estruturação dos Conselhos Tutelares e dos Juizados da Infância e Juventude.

Porém, não demorou muito para que as ações concentradas acabassem em quase nada, porque o ASSISTENCIALISMO hoje praticado, NÃO DIGNIFICA E NÃO EDUCA as nossas crianças; NÃO QUALIFICA E NÃO EMPREGA os nossos adolescentes, que juntos, representam cerca de um terço da população brasileira e que DEVERIAM SER o futuro pensante e produtivo do nosso país.  Estamos voltando ao tempo em que os jovens perambulavam pelas ruas sem ter o que fazer…