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Prêmio Ecologia e Ambientalismo traz reflexão sobre o tema ao Legislativo

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Nessa terça-feira, 07, a Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul entregou o Prêmio Ecologia e Ambientalismo a oito personagens da comunidade jaraguaense que se destacaram por sua contribuição na preservação ambiental. A entrega do Prêmio, estabelecido pela lei 4782 de 2007, foi feita em sessão solene no plenário do Legislativo.

O primeiro a receber o Prêmio foi Antídio Lunelli, sócio fundador do Grupo Lunelli que atua há 35 anos no setor de malhas e tecidos. Indicada pelo vereador Hideraldo Colle, a empresa desenvolve estratégias para a melhoria da eficiência operacional em suas unidades e realiza outras ações como a coleta seletiva, estação de tratamento para os resíduos líquido gerados, um projeto de sustentabilidade intitulado Preservar é Amar e uma parceria no Projeto de Óleo no Futuro.

A Associação de Moradores do Bairro Águas Claras foi congratulada por seu trabalho na difusão da educação ambiental entre as pessoas da comunidade. O presidente da entidade, Hércules Pelens, recebeu o troféu das mãos da vereadora Natália Petry. O projeto Salve o Ribeirão Águas Claras, em parceria com a empresa VERMAIS, surgiu em 2013 e pretende conscientizar a população sobre a importância de conservar a limpeza do ribeirão. Anualmente, a Associação, junto à Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (FUJAMA), realiza ações de limpeza do ribeirão, além da distribuição de panfletos informativos e de árvores frutíferas para os moradores.

O Clube de Desbravadores foi lembrado pelo parlamentar João Fiamoncini. O líder do grupo, Mário Lewerenz, recebeu o reconhecimento pelas atividades desempenhadas do Clube com os jovens de 10 a 15 anos de idade. Uma dessas atividades é a prestação de socorro à população em períodos de fortes chuvas e propícios a calamidades. O trabalho dos Desbravadores também tem como objetivo ensinar garotos e garotas a cuidar, respeitar e amar a natureza, preservando o meio ambiente.

Com 47 anos de existência e aproximadamente 10 mil colaboradores, o Grupo Malwee foi indicado por Eugênio Juraszek para receber o Prêmio Ecologia e Ambientalismo. A empresa incorpora tecnologias e processos inovadores que vão do aproveitamento de garrafas PET como matéria prima ao reuso de 200 milhões de litros de água por ano no processo produtivo. O sócio fundador do Grupo, Wandér Weege, também foi premiado por sua atuação junto à área ambiental. A indicação de Weege foi feita por Ademar Winter. A gestora de Sustentabilidade da Malwee, Taise Beduschi, representou a empresa no recebimento do troféu.

Fundada em 3 de agosto de 1968, criada por comerciantes que representavam o movimento lojista em âmbito municipal, a Câmara de Dirigentes Lojistas também foi reconhecida por seu trabalho nos assuntos ecológicos. A campanha Recicla CDL, que consiste na entrega de eletroeletrônicos e itens de informática sem utilização em vários pontos de coleta espalhados pela cidade, é um dos destaques da entidade. Já são mais de 220 toneladas de materiais retirados de circulação e encaminhados para a reciclagem. O presidente Marcelo Nasato recebeu a condecoração de Jair Pedri.

Outro Clube premiado foi o Canoagem Kentucky. Com 28 anos de atividades esportivas, o grupo diferencia-se por seu trabalho de limpeza dos rios. Também presta apoio à Defesa Civil e ao Corpo de Bombeiros durante as enchentes, auxiliando no transporte de pessoas, retirando-as de áreas alagadas e transportando-as para local seguro. Seu estímulo em busca de resultados para o esporte da canoagem parte do pressuposto de que o futuro da humanidade depende do cuidado e da integração saudável com a natureza. O vereador Jeferson de Oliveira foi quem entregou o Prêmio ao presidente do Clube, Renato Fritsche.

Amarildo Sarti premiou o Crematório Catarinense por seu esforço de inovação para a melhor eficiência nos procedimentos de cremação. Tida como uma empresa com procedimentos que oferecem menos riscos ambientais, contribuindo para a salubridade dos lençóis freáticos e sanitários, o Crematório destaca-se por seu trabalho na retirada de todos os metais pesados durante a realização do procedimento e a não emissão de fumaça e de gases nocivos para a natureza. Para receber o Prêmio, o presidente Silvino Leier representou a empresa no plenário da Câmara de Vereadores.

O prefeito, Dieter Janssen, ressaltou a evolução da cidade nas questões ambientais. Para ele, os 82% do esgoto tratado servem de exemplo para outras cidades do Brasil. “Também saímos de 13% para 16% do lixo reciclável, fizemos um trabalho muito forte nisso. Gastamos 14 milhões de reais por ano com lixo, precisamos ser mais eficientes ainda”, salientou.

O vereador Amarildo Sarti discursou em nome da Câmara e lamentou que o país ainda esteja na contra mão das políticas ambientais não atendendo aos apelos da natureza. “Prova disso são os desastres ambientais que se multiplicam. Um exemplo é o rompimento da barragem da Samarco em Minas Gerais. Lá, como em muitos outros lugares, não acharam culpados e a impunidade tornou-se um veredito anunciado”, lastimou.

Sarti elencou vários problemas que a sociedade brasileira deve enfrentar para seguir um rumo melhor nessas questões. Alguns pontos foram: desmatamento na Amazônia, queimadas no centro-oeste, poluição em córregos, cidades sem o devido tratamento de esgoto, corrupção nos órgãos de proteção ao meio ambiente e uma política ineficaz no tratamento de resíduos sólidos. “Desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente, sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras usufruir dos recursos. Preservar o meio ambiente e garantir o desenvolvimento econômico é uma missão diária de todos”, ressalvou.

Representando os premiados, Taise Beduschi, gestora ambiental do Grupo Malwee, fez seu discurso na tribuna lembrando o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho e instituído no ano de 1972 durante a Conferência sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo na Suécia.

Beduschi enalteceu as ações da empresa onde trabalha e o tratamento dado para a água dentro da fábrica. “Hoje nossa eficiência do sistema de água chega a 98%. Reutilizamos mais de 900 milhões de litros por mês. Nossas ações estão traçadas até 2020, com um plano para reduzirmos o consumo de água, a geração de resíduos, o consumo de energia e a emissão de gases poluentes”, observou.

O presidente da Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (FUJAMA), Leocádio Silva, advertiu que é preciso trazer as crianças para esse processo de conscientização ambiental. Segundo ele, temos que olhar para o futuro e pensar nos efeitos de longo prazo para que novas gerações possam ter condições melhores na qualidade de vida. “Pequenos atos que fazemos no nosso cotidiano podem mudar muita coisa. Vão representar grandes impactos no futuro. Podemos pensar mundialmente, mas temos que agir localmente”, destacou.

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