Quem nunca recorreu a uma receita caseira da pequena horta medicinal que cultiva nos fundos de sua casa ou de vizinhos para tratar de algum mal? Chá de boldo, chá de sálvia…são aquelas ervas frescas, de ótima qualidade e fácil acesso e, principalmente, que proporcionam benefícios à saúde.
Manter uma horta caprichada com ervas e plantas funcionais em casa faz tão bem à saúde física quanto à mental. Imagine um projeto comunitário onde abrigam uma diversidade de plantas medicinais que ficam disponíveis para quem estiver por perto.
A primeira horta de Jaraguá do Sul surgiu da necessidade de conhecer mais as plantas medicinais utilizadas pelas famílias e de reuni-las em um único local que ofereceria segurança na produção e identificação das plantas medicinais, livres de agroquímicos, de animais e de elementos contaminadores. Um espaço que irá propor mudanças e reflexão referente à maneira de produção e consumo de alimentos, integração e protagonismo da comunidade ao redor, apropriação e revitalização do espaço e educação alimentar.
Desde o mês de julho, o espaço ocioso da horta comunitária da Vila Nova vem sendo tomado pela iniciativa de pessoas que buscam a melhoria da qualidade de vida, através do resgate do contato com a terra e da difusão de informações sobre alimentação, nutrição, meio ambiente e outras. Trata-se das voluntárias da Pastoral da Saúde da Paróquia São Sebastião, grupo formado por 20 mulheres que realizam um trabalho social de cuidar de doentes em domicílio, nos hospitais, casas de saúde, sanatórios, creches, asilos, centros de recuperação e presídios, dando-lhes uma visão cristã da vida.
Acompanho o projeto desde o início, com a preparação da área e nesta semana, os canteiros começaram a receber as mudas de alecrim, carqueja, babosa, alcachofra, poejo, manjericão, cavalinha, algumas das variedades que estão sendo cultivadas na área verde, cedida pelo município para o fim, através do projeto Germinar, desenvolvido pela Secretaria do Desenvolvimento Rural e Agricultura. Ao lado vegetais destinados para alimentação, podem ser encontrados canteiros com algumas espécies de plantas medicinais que não são consumidas corriqueiramente, mas que podem ser uteis em certos casos de problemas de saúde.
A intenção é, além de fortalecer a tradição do uso medicinal de plantas para tratar problemas de saúde de baixa complexidade, que esta horta comunitária medicinal agir como ponto de disseminação de mudas e sementes para o cultivo domiciliar. Por isso, vou buscar disseminar o projeto para os 40 hortas comunitárias de modo que se aumentem as áreas verdes urbanas, possibilitem o acesso a alimentos orgânicos e saudáveis, a temperos que diminuem o consumo de sal, bem como a troca de conhecimento sobre saúde entre os frequentadores da horta.
Vereador Arlindo Rincos
