Segundo vereador Eugênio Juraszek, produtores não têm como pagar os investimentos na atividade

Por conta da falta de abatedouros de aves na região, avicultores de Jaraguá do Sul buscam novas alternativas de renda. Há aproximadamente um ano, barracões utilizados para a criação de frangos estão vazios e as dívidas dos produtores não param de crescer.

O produtor João Enchinger foi um dos pioneiros na criação de aves no município. Ele conta que, no ano passado, 26 mil animais saiam da propriedade para serem abatidos.

Os problemas começaram em 2011, quando o único frigorífico da região – Seara Alimentos – encerrou as atividades.  A unidade contava com 890 funcionários e 199 produtores de aves que trabalhavam no abatedouro e na fábrica de ração.

Para os produtores, que fizeram empréstimos para construir novos galpões, restaram às dívidas. Hoje muitos não têm como pagar os investimentos na atividade e acumulam dívidas.

O vereador Eugênio Juraszek  procurou  à Fundação Instituto de Pesquisa e Planejamento Físico-Territorial de Jaraguá do Sul (Ipplan) comunicando da situação. Além de incentivos para que outras empresas venham para a região, os avicultores pedem a renegociação das dívidas.

Em busca de avaliar os impactos provocados em toda a cadeira produtiva da avicultura regional, o Ipplan, em parceria com a Católica SC e o gabinete parlamentar, irá realizar uma levantamento da situação real dos produtores. Com base no resultado da pesquisa, que começa no dia 17 de abril, o Instituto espera identificar novas oportunidades e nichos de mercado que pode envolver toda a cadeia. “Por mais que tenhamos conhecimento, não há como saber de tudo saber de tudo”, justifica Benyamin Parham Fard, presidente do Ipplan.

Os anúncios foram feitos em coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira, 11, na Câmara Municipal.