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Estrada passa a se chamar Quirino Lunelli

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A hoje conhecida como Estrada Ribeirão Grande do Norte passará a denominar-se de Quirino Lunelli, conforme projeto de lei aprovado em segundo turno de votação na sessão desta quinta-feira, 28. A votação foi acompanha por moradores da localidade e parentes do homenageado, entre os quais o empresário Antídio Lunelli.

Autora da propositura, a vereadora Natália Lúcia Petry comentou que a Câmara tem cumprido com seu papel, acolhendo sugestões e pedidos de munícipes para denominação de vias e outros espaços públicos. “Gostaria de dizer a todas as famílias que pretendam homenagear algum ente querido, que a Câmara o fará com bastante zelo e respeito. Os projetos, estando em conformidade com os preceitos legais, são apreciados e votados”, explicou.

Filho de imigrantes italianos, Quirino Lunelli nasceu em Luiz Alves em 23 de janeiro de 1889. Casou-se no primeiro matrimônio com Elizabeth Ronchi, conhecida por Betina, em 1915, e com ela muda-se para ser o pioneiro em Ribeirão Grande do Norte, onde adquiriu terras e construiu, com dificuldade, uma casa de madeira. Logo Betina vem a falecer, ao dar a luz ao primeiro filho. No parte, morrem a mãe e a criança.

Quirino recomeça sua vida. Foi ele quem construiu a primeira capela de Ribeirão Grande do Norte, dedicada a Nossa Senhora Aparecida, mais tarde substituída por uma de alvenaria em outro local.

Ele casou-se pela segunda vez, com Maria Dana, com a qual teve sete filhos. Como todos os Lunelli, ele também foi agricultor, não medindo sacrifícios para vê-la prosperar, e amava a natureza, retirando dela os remédios para sua saúde. Quirino também produzia “durmento” para a construção da ferrovia de Jaraguá do Sul. Estes “durmentos” eram feitos de mato, pesando em média 80 kg, e eram carregados por ele nas costas até a estrada onde eram transportados em carretões.

Ao voltar para casa cansado do trabalho, sentava na varanda com sua esposa e ouvia o terço em seu rádio de pilha, pois não havia energia elétrica. Acolhia os padres em sua casa e do pouco de comida que tinha deixava o melhor para eles. Quirino faleceu em 7 de janeiro de 1984, aos 95 anos.