“No dia de hoje achei que tinham fechado a nossa Casa Legislativa”. A declaração abriu o pronunciamento do vereador Jean Leutprecht na tribuna, referindo-se ao anúncio feito pela prefeita Cecília Konell de que o município estaria saindo da Amvali (Associação dos Municípios do Vale do Itapocu).
Leutprecht lembrou que a adesão do município a associação passou por lei autorizativa e que, portanto, a saída também implica aprovação na Câmara de Vereadores. “Qualquer disposição contrária a isto ou vai criar uma nova ação civil pública ou vamos fechar esta Casa”, declarou, criticando o que considera de “mando e desmando” na cidade desde o início desta administração.
A lei que autorizou a entrada do município na Amvali, o qual sedia, se deu no ano de 1979, no governo do então prefeito Durval Vasel. “Infelizmente estamos voltando ao tempo da ditadura. Ou este poder se pronuncia e dá um basta ou não sei o que vai acontecer. Se há sete meses a preocupação de algumas pessoas com este ou aquele candidato está neste nível imagine o que vai ser eleição”, continuou.
Conforme a vereadora Natália Lúcia Petry atitudes ditadoras e antidemocráticas vem acontecendo sucessivamente. “E fora as razões pelas quais eu ouvi que a prefeita vai sair da Amvali. Razões politiqueiras, perseguidoras, de uma administração que não consegue conviver em uma democracia. A política se faz com ideias e não com ataques pessoais”, comentou.
Leutprecht disse ainda que é o município que deve estar na Amvali, e não a pessoa da prefeita. “Não é gostar deste ou daquele que deve prevalecer. O que tem que prevalecer é a vontade da vontade da população”, concluiu.